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Sudão: Número de refugiados triplicou população numa cidade do Chade

O número de refugiados sudaneses, que fogem da região de Darfur (oeste), tem aumentado no Chade, devido aos combates entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido (FAR), alertaram hoje os Médicos Sem Fronteiras (MSF).

Sudão: Número de refugiados triplicou população numa cidade do Chade
Notícias ao Minuto

14:49 - 08/11/23 por Lusa

Mundo Médicos sem Fronteiras

Os MSF prestam cuidados aos recém-chegados ao Chade, no posto fronteiriço de Adré, onde a população triplicou devido ao fluxo de refugiados.

Nesse local, segundos os MSF, as crianças são vacinadas contra o sarampo, as suas taxas de desnutrição são analisadas e as que necessitam de cuidados urgentes são encaminhadas para o hospital da cidade, onde são atendidas por médicos de Chaian e por pessoal dos MSF, que também prestam apoio psicológico. 

"Assistimos a mais chegadas de refugiados sudaneses nos primeiros três dias de novembro do que em todo o mês anterior", afirmou a coordenadora dos MSF, Stephanie Hoffman, que frisou que "cerca de 7.000 pessoas atravessaram a fronteira" entre os dois países durante esses três dias.

Stephanie Hoffman??????? disse ainda que viram "mães e crianças que tiveram de deixar o Sudão sem nada, porque as suas casas estavam a ser destruídas", nomeadamente na cidade de El Geneina, a capital da província de Darfur Ocidental.

A cidade de El Fasher, a capital do Darfur do Norte, também assistiu à deslocação da população por receio da escalada de violência desde o início da guerra em abril, um conflito que deixou vários milhões de refugiados e deslocados internos.

"Apesar dos esforços coletivos das comunidades locais, das autoridades e das organizações humanitárias, a resposta humanitária não cobre a escala da crise no leste do Chade, que está a sobrecarregar as vulneráveis comunidades de acolhimento", disse a chefe da resposta de emergência dos MSF para o Chade e o Sudão, Claire Nicolet.

Segundo explicou Nicolet, várias pessoas estão a viver em campos improvisados onde as condições são duras.

"O mais recente aumento das chegadas de refugiados é mais um sinal de que as necessidades continuam a crescer e que o conflito que as está a causar está longe de ter terminado", concluiu.

Claire Nicolet manifestou-se em relação a esta crise e apelou novamente a "um aumento imediato da prestação de ajuda humanitária para ajudar as pessoas mais vulneráveis, tanto refugiados como chadianos, e para garantir o acesso a serviços básicos como água, saneamento, abrigo e alimentos".

[Notícia atualizada às 15h49]

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