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Militares detêm jornalistas que se manifestavam na Guiné-Conacri

As forças de segurança da Guiné-Conacri detiveram hoje uma dúzia de jornalistas e utilizaram gás lacrimogéneo para dispersar uma manifestação na capital do país numa ação de desativação de um site de notícias muito seguido, revelaram meios de comunicação social local.

Militares detêm jornalistas que se manifestavam na Guiné-Conacri
Notícias ao Minuto

15:48 - 16/10/23 por Lusa

Mundo Guiné-Conacri

O Sindicato da Imprensa Privada da Guiné (SPPG) tinha convocado uma manifestação pelo centro da capital, Conacri, para exigir o levantamento das restrições impostas ao portal de notícias na internet Guinée Matin.

O Guinée Matin está sem VPN (rede privada virtual) e inacessível diretamente na Guiné-Conacri desde meados de agosto. A organização Repórteres sem Fronteiras criou um portal espelho para que o "site" possa ser consultado.

A junta militar no poder desde o golpe de Estado em setembro de 2021 não deu qualquer explicação para o bloqueio do Guinée Matin.

"Tínhamos a intenção de nos reunirmos na rotunda do porto. As forças mistas da polícia e da força militar dispersaram-nos com gás lacrimogéneo", afirmou Abdouramane Diallo, funcionário do SPPG, em declarações à agência AFP.

Um jornalista presente na concentração ficou ligeiramente ferido, acrescentou Diallo.

Imagens divulgadas na Internet mostram jornalistas a afastarem-se de nuvens de gás ao som de detonações, à passagem de veículos da gendarmaria.

Pelo menos 12 jornalistas foram detidos, incluindo o secretário-geral do SPPG, informaram as organizações profissionais.

Os detidos foram conduzidos a um tribunal sob a acusação de participarem numa concentração ilegal.

A junta militar no poder proíbe a realização de manifestações desde 2022.

Quatro associações de imprensa afirmaram, numa declaração conjunta citada pela AFP, que "condenam esta violência gratuita contra jornalistas" e "exigem a sua libertação imediata e incondicional".

"As associações de imprensa apelam à opinião pública nacional e internacional para que testemunhe retrocesso o grave da liberdade de expressão e da democracia", acrescenta a declaração.

Leia Também: ONG insta TPI a manter escrutínio do julgamento do massacre de 2009

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