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"Ato de intimidação". Três advogados de Navalny detidos na Rússia

Os advogados Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Alexei Liptser estão a ser investigados por suspeita de pertencerem a um "grupo extremista".

"Ato de intimidação". Três advogados de Navalny detidos na Rússia

Três advogados do opositor russo Alexei Navalny foram detidos, esta sexta-feira, pelas autoridades da Rússia, no que os seus aliados consideram ser um "ato de intimidação" e "perseguição".

Em causa estão os advogados Vadim Kobzev, Igor Sergunin e Alexei Liptser, que estão a ser investigados por suspeita de pertencerem a um "grupo extremista", crime pelo qual Navalny foi condenado em agosto. 

Segundo a agência de notícias Reuters, um dos advogados, Kobzev, devia ter estado presente em tribunal esta sexta-feira com Navalny para um processo do opositor contra a colónia penal onde se encontra detido. 

"Acabámos de receber informações que, como é óbvio, caracterizam perfeitamente não só o meu processo, mas também o estado do Estado de direito na Rússia", disse Navalny ao juiz, referindo-se à detenção dos advogados. 

"Tal como nos tempos soviéticos, não só os ativistas políticos e os presos políticos, mas também os seus advogados estão a ser perseguidos", acusou.

Leonid Volkov, assessor de Navalny, adiantou que três advogados podem ser condenados a até seis anos de prisão se forem considerados culpados de pertencer a um grupo extremista, "apenas por serem advogados de Navalny".

"Trata-se de um ato de intimidação com a intenção clara de reforçar o isolamento de Navalny do mundo exterior", afirmou Volkov, na rede social X (antigo Twitter).

Sublinhe-se que o opositor russo estava a cumprir pena em liberdade condicional após ter sido acusado de fraude – uma acusação que diz ter sido fabricada – quando foi envenenado com um agente neurotóxico do tipo Novitchok, em agosto de 2020.

Após aquela que considera ser uma tentativa de assassinato por parte do Kremlin, o opositor de 47 anos foi transferido, a pedido da mulher, da Sibéria para a Alemanha para recuperar. Foi detido ao voltar para a Rússia, a 17 de janeiro de 2021. 

Inicialmente, recebeu uma sentença de dois anos e meio de prisão por violação da liberdade condicional, mas, no ano passado, foi condenado a nove anos de prisão por "fraude" e "desrespeito do tribunal". Em agosto, somaram-se mais 19 pelo crime de extremismo.

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