O homem de 32 anos suspeito de ter matado três pessoas a tiro em dois ataques em Roterdão, nos Países Baixos, na quinta-feira, já tinha um historial de "comportamento psicótico" e uma condenação por maus tratos a animais.
Segundo a agência de notícias Reuters, que cita as autoridades neerlandesas, é também "provável" que o suspeito tenha escolhido as vítimas. No entanto, o motivo dos ataques ainda não é conhecido.
O Ministério Público dos Países Baixos anunciou, esta sexta-feira, que já tinha notificado o centro hospitalar da Universidade Erasmus do "comportamento psicótico" do suspeito através de uma carta, onde deu também conta que o suspeito tinha problemas com o álcool e havia queixas dos vizinhos sobre a forma como tratava os animais. Em 2021, chegou mesmo a ser condenado por maus tratos ao seu coelho de estimação.
"Presumo que a informação acima referida contribuirá para a decisão sobre se a pessoa em causa deve ou não ser elegível para um diploma de médico generalista", lê-se na carta, citada pela imprensa neerlandesa.
Em comunicado, o presidente da instituição, Stefan Sleijfer, adiantou que a notificação foi tida em conta e que foi negada ao suspeito a licença de médico, a menos que fosse submetido a uma avaliação psicológica e fosse declarado apto para exercer medicina.
O suspeito, identificado como Fouad L., deverá ser presente a um juiz na próxima terça-feira, 3 de outubro.
O homem abriu fogo dentro de um apartamento da cidade portuária neerlandesa, matando uma mulher de 39 anos e ferindo com gravidade a filha, de 14 anos, que entretanto sucumbiu aos ferimentos, explicou o chefe da polícia, Fred Westerbeke.
A seguir, entrou numa sala de aulas do hospital universitário Erasmus e abriu novamente fogo, matando um professor de 46 anos.
De ambas as vezes, também ateou incêndios atirando 'cocktails' Molotov, rapidamente extintos mas que causaram pânico.
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