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Oposição do Uganda apela a repatriamento de tropas no estrangeiro

A oposição no Uganda apelou hoje ao repatriamento das tropas ugandesas destacadas no estrangeiro para reforçar a segurança, após um massacre na semana passada numa escola secundária, atribuído a terroristas, que causou pelo menos 42 mortos.

Oposição do Uganda apela a repatriamento de tropas no estrangeiro
Notícias ao Minuto

17:05 - 21/06/23 por Lusa

Mundo Uganda

Entre as vítimas, na sua maioria estudantes, o mais novo tinha 12 anos e o mais velho 95. Foram mortas na sexta-feira à noite em Mpondwe (oeste), a poucos quilómetros da fronteira com a República Democrática do Congo (RDCongo), com catanas, abatidas a tiro ou queimadas vivas.

Imediatamente após o massacre, oficiais do exército e da polícia ugandeses incriminaram membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF, sigla em inglês), uma milícia islamista que prometeu fidelidade ao grupo terrorista Estado Islâmico.

A decisão do Uganda de enviar tropas para o estrangeiro, nomeadamente para a Somália, como parte de uma força da União Africana (UA) para combater os radicais islâmicos da Al-Shebab, "excedeu" as capacidades de segurança do país e "deu às ADF a oportunidade de efetuarem ataques", disse Abdallah Kiwanuka, um funcionário da oposição e ministro do gabinete sombra responsável pelos assuntos internos.

"Estamos a pressionar o Governo para que traga as forças para casa e reforce a nossa segurança interna", afirmou.

No total, foram detidas 21 pessoas, algumas das quais suspeitas pelas autoridades de serem "colaboradores" das ADF.

Enquanto as famílias ainda aguardam os resultados dos testes de ADN para identificar várias das vítimas, subsistem dúvidas sobre a forma como os assaltantes conseguiram levar a cabo o massacre e escapar de uma região com uma forte presença militar.

No domingo, o Presidente Yoweri Museveni descreveu o massacre como um ato "desesperado e cobarde" e prometeu eliminar os responsáveis pelo ataque sangrento, o pior do género no país dos últimos anos.

O ataque à Escola Secundária de Lhubiriha, em Mpondwe, é o mais mortífero no Uganda desde um duplo atentado bombista em Kampala, em 2010, que matou 76 pessoas num ataque reivindicado pelo grupo islâmico Al-Shebab, sediado na Somália.

De acordo com um relatório da ONU, os rebeldes das ADF têm recebido apoio financeiro do grupo Estado Islâmico desde pelo menos 2019 e estão a tentar expandir a sua área de operações.

Leia Também: "Cobri-me com sangue". Juluis conta como sobreviveu a ataque no Uganda

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