Pelo menos 32 mortos em confrontos no Chade
Pelo menos 32 pessoas morreram desde segunda-feira em confrontos entre os rebeldes do Movimento de Ação para a Democracia e Alternância no Chade (MADAT) e o Exército, revelaram hoje fontes militares.

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Mundo Chade
"Elementos desse grupo rebelde, bem preparados na Líbia, fizeram a sua incursão ontem (segunda-feira) de manhã", em Marou, no departamento de Zouar, na província de Tibesti, junto à fronteira líbia, disse o comandante-chefe das operações militares na área, Saleh Younous, citado pela agência Efe.
"Enviámos as nossas tropas para contrariar o avanço e foi a partir daí que eclodiram os combates", revelou a mesma fonte.
Os confrontos continuaram hoje pela manhã até o Exército conseguir "derrotar os atacantes", acrescentou.
"Pelo menos 23 combatentes do MADAT foram mortos e materiais importantes foram recuperados. Também perdemos nove dos nossos homens", disse Younous.
Um combatente do MADAT rejeitou, contudo, estes números, afirmando que o movimento registou cinco mortos nas suas fileiras e 10 feridos e que foi o Exército que teve "pesadas perdas".
"Não queremos esta transição liderada pelo filho do falecido Presidente Idriss Déby Itno, que quer continuar a sucessão dinástica. Vamos lutar até ao fim", acrescentou Abakar Djimi Taha, líder rebelde do MADAT, em declarações à agência Efe.
Em 20 de abril, o Exército anunciou que Idriss Déby Itno, que governava o Chade há mais de 30 anos após um golpe de Estado, tinha sido morto na frente pelos rebeldes, tendo nomeado Presidente um dos seus filhos, o jovem Mahamat Idriss Déby Itno, por um período transitório, à frente de uma junta militar de 15 generais.
O Chade tem dezenas de grupos rebeldes que ameaçam a estabilidade do país, baseados principalmente no sul da vizinha Líbia, mas também no norte chadiano.
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