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Kuleba pede que Berlim comece instrução de pilotos enquanto aguarda caças

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, exortou hoje o Governo alemão a avançar com a formação de pilotos enquanto se aguarda pela disponibilidade dos 'caças' para a Força Aérea ucraniana e pediu mais munições.

Kuleba pede que Berlim comece instrução de pilotos enquanto aguarda caças
Notícias ao Minuto

14:23 - 12/03/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Não conto que a entrega dos caças ocorra num futuro próximo, porque logística e tecnicamente é uma tarefa muito difícil", afirmou Kuleba numa entrevista publicada hoje pelo jornal dominical alemão "Bild am Sonntag".

Por isso, defendeu que o treino e a instrução dos pilotos ucranianos em caças ocidentais deve começar agora, para que, quando for tomada a decisão de entregar os aviões, não se perca tempo e muitos meses de treino.

Quanto ao fornecimento de armas, Kuleba mostrou-se convencido de que a Alemanha "poderá ajudar mais com munições", sobretudo de artilharia.

"Houve reuniões entre representantes ucranianos e a indústria de armamento alemã, que pediu ao próprio Governo alemão, na minha presença, contratos assinados. Estamos dispostos a fornecer. Assim, a questão está nas mãos do Governo [alemão]", afirmou.

Kuleba referiu-se também aos novos ataques russos contra infraestruturas civis na Ucrânia e sublinhou que a produção de mísseis e 'drones' (aparelhos voadores não tripulados) na Rússia pode ser travada com "novas e sanções ainda mais duras" contra esta indústria, lembrando que a Ucrânia fez uma proposta nesse sentido à União Europeia (UE) no quadro do G7 (Grupo dos Sete Países Mais Industrializados).

"Enviei pessoalmente uma lista de empresas diretamente envolvidas na produção de mísseis. Infelizmente, não vemos que essas empresas estejam a ser suficientemente penalizadas", acrescentou, sublinhando estar "muito confuso".

"[A Ucrânia viu] algumas, poucas, sanções contra empresas envolvidas na produção de 'drones' e mísseis incluídas no décimo pacote de sanções da UE, mas, poderia ter-se feito muito mais", acrescentou.

Quanto aos combates intensos em Bakhmut, Kuleba questionou-se sobre o que mudaria se as tropas ucranianas se retirassem.

"A Rússia tomaria Bakhmut e continuaria a ofensiva em Chasiv Yar e em todas as cidades seguintes", alertou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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