Júri federal indicia juíza acusada de impedir detenção de imigrante

Um grande júri federal dos Estados Unidos indiciou na terça-feira uma juíza do Wisconsin (centro-norte), acusada de ajudar um homem a fugir às autoridades de imigração, permitindo que o processo contra ela continue.

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© Jamie Kelter Davis/Bloomberg via Getty Images

Lusa
14/05/2025 07:52 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

EUA

A detenção da juíza do distrito de Milwaukee, Hannah Dugan, agravou o confronto entre a Administração do Presidente norte-americano, Donald Trump, e as autoridades locais sobre a política de repressão do líder republicano à imigração.

 

Os democratas acusaram a Administração Trump de tentar fazer de Dugan um exemplo nacional para reprimir a oposição judicial à repressão.

Os procuradores acusaram em abril Dugan, através de uma queixa, de obstrução e de ocultar um indivíduo para impedir a sua detenção.

No sistema de justiça penal federal, os procuradores podem apresentar acusações contra um arguido diretamente através de uma queixa ou apresentar provas a um grande júri e deixar que este decida se apresenta ou não uma acusação.

O grande júri continua a analisar as acusações apresentadas através de uma queixa para determinar se existe causa provável suficiente para prosseguir com o caso, como forma de controlo do poder dos procuradores.

Se o grande júri determinar que existe uma causa provável, emite uma declaração escrita das acusações, conhecida como acusação. Foi o que aconteceu no caso de Dugan.

A juíza pode ser condenada até seis anos de prisão, se for sentenciada como culpada por ambas as acusações. A equipa de advogados de defesa respondeu à acusação com uma declaração, dizendo que Dugan reitera a sua inocência.

O porta-voz do gabinete do procurador dos Estados Unidos em Milwaukee, Kenneth Gales, recusou-se a comentar a acusação, na terça-feira à noite.

O caso de Dugan é semelhante a um caso apresentado durante a primeira Administração Trump contra um juiz de Massachusetts (nordeste), que foi acusado de ajudar um homem a fugir pela porta das traseiras de um tribunal para escapar a um agente da polícia de imigração que o aguardava. Esse caso acabou por ser arquivado.

Os procuradores alegam que Dugan escoltou Eduardo Flores-Ruiz e o advogado do mexicano para fora da sala de audiências através de uma porta traseira do júri, em 18 de abril, depois de saber que agentes dos serviços de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos estavam no tribunal para deter o imigrante.

Flores-Ruiz acabou por ser capturado no exterior do tribunal pelos agentes federais após uma perseguição a pé.

O Supremo Tribunal de Wisconsin suspendeu Dugan do cargo em finais de abril, afirmando que a medida era necessária para preservar a confiança do público no sistema judicial. Um juiz de reserva está a substituir a juíza de 66 anos.

Leia Também: EUA e China suspendem taxas por 90 dias a partir de hoje

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