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Plano de paz da China? "Há um forte indício de que a Rússia não o aceita"

Isto porque, explicou José Milhazes, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, argumentou já que "é preciso ter em conta a atual situação no terreno".

Plano de paz da China? "Há um forte indício de que a Rússia não o aceita"

O comentador da SIC, José Milhazes, referiu, esta sexta-feira, no seu habitual espaço de análise no 'Jornal de Noite', que "há já um forte indício" de que a Rússia "não aceita" o plano de paz proposto pela China para a situação de conflito na Ucrânia.

"A Rússia claro que não pode dizer que não a este plano, nem que sim. Mas já há um forte indício de que não aceita este plano, pelo menos nestes moldes", elaborou o jornalista e historiador.

Isto porque, explicou ainda, a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, argumentou já que "é preciso ter em conta a atual situação no terreno".

Na perspetiva do jornalista, "isso anula completamente o primeiro ponto da proposta chinesa, que passa pela integridade territorial da Ucrânia".

José Milhazes teceu, ainda, algumas críticas a este plano chinês. "Efetivamente, não é um plano. É apenas um documento com boas intenções, que defende princípios da carta da ONU que a Rússia, há já um ano atrás, pura e simplesmente espezinhou", apontou.

Em causa está, recorde-se, um documento de 12 pontos apresentado por Pequim, com vista a solucionar o conflito no leste europeu - e onde se destaca que "não existem vencedores num conflito bélico".

Todos estes factos levaram o comentador a considerar que "mesmo que as conversações vão para a frente", o resultado será uma situação semelhante aos "acordos de Minsk" - que foram "assinados num momento crítico, quando a Ucrânia estava em grandes dificuldades" e sob pressão de Alemanha e França.

Olhando ainda para o posicionamento que outros países têm tido face a esta guerra, José Milhazes aplaudiu o papel do Brasil na votação da ONU de quinta-feira, que se mostrou a favor da resolução que pede a retirada das tropas russas da Ucrânia. "O Brasil mudou de posição, está entre os países que condenou e não se absteve como anteriormente", recordou.

Desde o início da guerra, que teve início a 24 de fevereiro do ano passado, os países da NATO e da União Europeia apressaram-se a disponibilizar apoio financeiro, militar e humanitário para ajudar a Ucrânia a fazer face à invasão da Rússia. O país invasor, por outro lado, foi alvo de pacotes de sanções consecutivos (e concertados) aplicados pelos parceiros de Kyiv.

Até agora, mais de 8 mil civis já morreram, ao passo que mais de 13 mil ficaram feridos na sequência dos combates no terreno, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).

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