O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, afirmou, na quarta-feira, que “não haverá vencedores” na guerra na Ucrânia e reconheceu que a Rússia, apesar de “não poder ganhar”, é “uma potência nuclear” que “não pode ser encurralada”.
“A Rússia não pode ganhar porque todo o mundo ocidental está a apoiar a Ucrânia. Mas a Rússia é uma potência nuclear e uma potência nuclear não pode ser encurralada porque uma guerra nuclear pode começar”, alertou o governante, em declarações ao jornal húngato Magyar Nemzet.
Orbán falou ainda sobre a posição da Hungria em relação ao conflito na Ucrânia e sublinhou que decidiu “orientar-se pelos interesses” do país. “Não fornecemos armas, não nos juntaremos a nenhuma coligação militar”, explicou.
O político alertou que “o poder militar” da Europa começou “a enfraquecer”, uma vez que “a guerra reduziu o ‘stock’ dos exércitos europeus, e não trataram de os substituir”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de sete mil civis morreram e cerca de 12 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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