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Xi Jinping elogia laços com Camboja: "Exemplo importante da diplomacia"

O presidente chinês, Xi Jinping, elogiou hoje os laços da China com o Camboja e pediu que não se interfira nos assuntos internos daquele país, durante um encontro em Pequim com o primeiro-ministro cambojano, Hun Sen.

Xi Jinping elogia laços com Camboja: "Exemplo importante da diplomacia"
Notícias ao Minuto

10:09 - 10/02/23 por Lusa

Mundo Camboja

"A China considerou sempre o Camboja como um exemplo importante da diplomacia chinesa com os países vizinhos", afirmou o líder chinês. "Estamos dispostos a continuar a cooperar estrategicamente, opondo-nos firmemente às forças estrangeiras que interferem nos assuntos internos" de Phnom Penh, acrescentou.

Xi Jinping frisou que o "desenvolvimento não é um privilégio de apenas alguns países".

"O confronto ideológico, ou a politização e uso da economia, do comércio ou dos intercâmbios no setor tecnológico, como arma para suprimir o desenvolvimento de outros países é um ato de hegemonia", afirmou Xi Jinping, citado pela imprensa local, numa critica implícita aos Estados Unidos, quando Pequim e Washington travam uma prolongada guerra comercial e tecnológica. "Este tipo de comportamento não conquista o coração das pessoas", acrescentou o líder chinês.

De acordo com a imprensa oficial chinesa, Hun Sen garantiu que o Camboja apoia o princípio de "Uma só China", na questão de Taiwan, e os esforços da China para "salvaguardar a sua soberania, segurança e interesses de desenvolvimento".

"Opomo-nos a qualquer interferência estrangeira nos assuntos de Hong Kong, Xinjiang ou Tibete", afirmou o líder cambojano, citado pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.

O Camboja planeia realizar eleições gerais no dia 23 de julho de 2023. Hun Sen, que está no poder desde 1985, pretende renovar o mandato, em eleições marcadas pela ausência de um forte partido da oposição.

A China negou, no ano passado, que esteja a construir uma instalação naval para uso exclusivo da sua marinha na cidade cambojana de Ream.

A possibilidade de a China ter uma base no Camboja reforçaria as suas reivindicações territoriais no Mar do Sul da China, por onde circula 30 por cento do comércio global, além de abrigar importantes reservas de petróleo e gás.

O Camboja é um importante parceiro diplomático da China, ajudando a atenuar as críticas a Pequim, dentro da Associação de Nações do Sudeste Asiático, que é composta por dez países, vários dos quais estão envolvidos em disputas territoriais com a China no Mar do Sul da China.

Em junho passado, a China e o Camboja iniciaram um projeto de expansão do porto naval de Ream, que suscitou preocupações dos Estados Unidos e de outros países, de que Pequim poderia instalar ali um posto militar estrategicamente importante no Golfo da Tailândia.

Em 2019, Hun Sen alegadamente concedeu à China o direito de estabelecer uma base militar na Base Naval de Ream. Ele nega há muito tempo essas alegações, apontando que a Constituição do Camboja proíbe a operação de instalações militares estrangeiras no país.

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