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Sismo. Balanço provisório no norte da Síria ascende a mais de 900 mortos

O sismo que atingiu na madrugada de hoje a Turquia e a Síria provocou mais de 2.300 mortos, segundo o último balanço, incluindo 450 vítimas nas zonas sob controlo de Damasco, no norte.

Sismo. Balanço provisório no norte da Síria ascende a mais de 900 mortos
Notícias ao Minuto

17:49 - 06/02/23 por Lusa

Mundo Sismo na Turquia

Num hospital do noroeste da Síria, Oussama Abdelhamid, ferido na cabeça, indicou à agência noticiosa AFP que o edifício onde habitava com a sua família desabou em plena noite.

Este habitante de uma povoação junto à fronteira com a Turquia sobreviveu ao violento tremor de terra. "Com a minha mulher e os meus filhos corremos em direção à porta do nosso apartamento no terceiro andar. Quando a abrimos, o prédio ruiu totalmente", indicou no hospital Al-Rahma, cidade de Darkouch, após ser assistido devido a vários ferimentos. Todos sobrevieram.

O sismo ocorreu às 04:17 (01:17 em Lisboa), a 33 quilómetros da capital da província de Gaziantep, no sudeste da Turquia, a uma profundidade de 17,9 quilómetros.

Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) o tremor de terra registou uma magnitude de 7,8 e sentiram-se dezenas de réplicas.

O hospital que acolhei Oussama Abdelhamid situa-se na província e Idleb, último grande bastião controlada por diversos grupos rebeldes e 'jihadistas' na Síria, devastada por 12 anos de guerra.

"A situação é muito grave, numerosas pessoas permanecem nos escombros de edifícios residenciais", disse à AFP Majid Ibrahim, médico-cirurgião.

Nas zonas controladas pelos rebeldes que combatem o regime sírio contaram-se pelo menos 380 mortos.

Na cidade de Sarmada, a note de Idlab, um bloco de apartamentos colapsou, enquanto os painéis solares e reservatórios de água permaneceram intactos.

O balanço nas zonas controladas por Damasco ascendia a pelo menos 450 mortos, incluindo na cidade de Alepo, norte do país, retomada na quase totalidade pelo Exército sírio no final de 2016, após violentos combates.

Anas Habache, 37 anos, indicou que quando sentiu o sismo dirigiu-se ao quarto do filho e pediu à sua mulher grávida que o seguisse até à entrada do apartamento situado no terceiro e último andar de um prédio em Alepo.

"Havia pessoas que estavam de joelhos e a rezar, outras choravam, como se fosse o dia do julgamento final", recordou, citado pela AFP.

"Durante estes anos de guerra nunca senti nada de semelhante, a situação é muita mais dura que as bombas", afirmou Anas Habache.

Informações oficiais prévias já se referiam ao colapso de edifícios nas cidades sírias de Alepo e Hama e em Diyarbakir, na Turquia, neste caso a mais de 300 quilómetros do epicentro.

Mais de 900 edifícios ficaram destruídos nas províncias turcas de Gaziantep e Kahramanmaras, segundo fontes governamentais.

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