A missão confirmou o sucesso da operação de resgate da tripulação do Magic Seas, um navio com bandeira liberiana a sudoeste do porto iemenita de Hodeida.
Fontes comunitárias disseram que o cargueiro foi atacado com diferentes tipos de armamento a partir de várias pequenas embarcações, provocando um incêndio a bordo, o que obrigou a tripulação a abandonar o navio.
Graças à coordenação da missão europeia, um navio mercante que navegava na zona conseguiu aproximar-se do cargueiro atacado e resgatar os membros da tripulação, tendo a guarda costeira do Djibuti facilitado o desembarque.
Posteriormente, o porta-voz militar dos hutis, Yahya Sari, afirmou que o cargueiro "está completamente afundado nas profundezas do mar", depois do ataque, realizado em "resposta às repetidas violações da proibição de entrada nos portos palestinianos ocupados por parte da empresa" do navio.
"A última dessas violações foi a entrada de três navios em portos palestinianos ocupados na semana passada, apesar das advertências e apelos das nossas forças navais", afirmaram os hutis no canal do movimento rebelde iemenita na plataforma online Telegram, acrescentando que os momentos do naufrágio estão documentados em vídeo.
Horas antes, Sari tinha indicado que o navio tinha sofrido um impacto direto e que tinha entrado água, pelo que estava "em risco de naufragar".
"As nossas forças permitiram que a tripulação desembarcasse sem problemas", confirmou então, depois de precisar que lançaram três drones, cinco mísseis balísticos e de cruzeiro e duas embarcações não tripuladas.
Além disso, Sari tinha indicado que "a operação foi realizada no mar Vermelho, depois de chamadas e avisos" feitos pelas forças iemenitas ao cargueiro, o que foi "rejeitado pela tripulação".
Na véspera, o Centro de Operações Marítimas do Reino Unido (UKMTO) relatou o ataque frente ao porto de Hodeida, indicando que havia ocorrido um incêndio a bordo do navio após ter sido atingido por projéteis. Também indicou que a tripulação estava em segurança, tendo sido então transferida para um navio mercante.
Os hutis, que controlam Sana e outras zonas do norte e oeste do país desde 2015, lançaram vários ataques contra Israel e contra navios com algum tipo de ligação israelita, na sequência da ofensiva desencadeada contra Gaza após os ataques perpetrados a 07 de outubro pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Além disso, os rebeldes iemenitas atacaram navios e outros bens estratégicos norte-americanos e britânicos em resposta aos bombardeamentos destes países contra o Iémen, numa intervenção que Washington e Londres justificam com a vontade de garantir a segurança da navegação na região.
No entanto, em maio, os hutis aderiram a um cessar-fogo anunciado pelos Estados Unidos.
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