"Este é o primeiro ataque deste tipo a um navio comercial em 2025, uma escalada grave que põe em perigo a segurança marítima numa via navegável vital para a região e para o mundo", afirmou um porta-voz do Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), dirigido pela chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas.
Estes ataques, advertiu o porta-voz, "ameaçam diretamente a paz e a estabilidade regionais, o comércio mundial e a liberdade de navegação enquanto bem público mundial. E podem afetar negativamente a já terrível situação humanitária no Iémen. Estes ataques têm de parar".
Em particular, o ataque ao navio graneleiro de propriedade grega 'Magic Seas' pôs em perigo a vida da tripulação, que teve de ser retirada, e causou uma grave catástrofe ecológica na região, uma vez que o navio está à deriva e em risco de se afundar, acrescentou o porta-voz do SEAE, que condenou a ação "nos termos mais veementes".
Os tripulantes foram resgatados por "um navio mercante que passava", declarou em comunicado o departamento de Operações Marítimas Comerciais da Marinha britânica (UKMTO).
O ataque com duas embarcações, cinco mísseis balísticos e de cruzeiro e três drones teve lugar a cerca de 51 milhas náuticas a sudoeste da cidade portuária iemenita de Al Hodeida, uma das zonas mais estratégicas sob controlo dos hutis.
Os rebeldes iemenitas, apoiados pelo Irão, lançaram centenas de ataques contra Israel e à navegação comercial no Mar Vermelho desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023, com o objetivo de prejudicar economicamente o Estado judeu e abrir uma nova frente de conflito em apoio ao Hamas.
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