A vontade dos republicanos é justificada com as críticas que Omar fez a Israel e está a ser entendida como vingança, depois de os democratas terem expulsado congressistas republicanos de extrema-direita de várias comissões pelos seus comentários violentos e incendiários.
Uma votação procedimental está agendada para quarta-feira e a final para quinta-feira.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Kevin McCarthy foi rápido no exercício do novo poder partidário para impedir os democratas Adam Schiff e Eric Swalwell, ambos eleitos pelo Estado da Califórnia, de voltarem a integrar a comissão das Informações. Ao contrário da maioria das comissões, o presidente da Câmara tem a prerrogativa de nomear os membros desta comissão.
"Isto é vingança. Isto é despeito. Isto é política", disse James McGovern, do Estado do Massachusetts, o principal democrata na comissão das Regras, que decide sobre a apresentação das propostas à Câmara, ao saber da convocação apressada de uma reunião ao fim de terça-feira, para discutir a decisão que visa Omar.
McGovern argumentou que os democratas tinham removido a republicana Marjorie Taylor Greene, eleita pela Geórgia, e o republicano Paul Gosar, do Arizona, de comissões por afirmações muito mais violentas e extremistas contra os próprios colegas congressistas do que aquelas pelas quais Omar apresentou desculpas.
O movimento contra Omar ocorre quando o republicano George Santos, eleito pelo Estado de Nova Iorque, anunciou a sua resignação das comissões para onde tinha sido indicado. A comissão de Ética da Câmara está a investigar as suas ações.
Santos já admitiu que mentiu sobre os seus graus académicos, a sua experiência profissional e outros aspetos da sua vida pessoal e profissional.
Vários republicanos têm estado relutantes em agir contra Omar, ao mesmo tempo que têm de responder às muitas questões que estão a aparecer relacionadas com Santos.
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