Moscovo insiste que Itália fornece equipamento militar a Kyiv. Roma nega
A embaixada russa em Roma insistiu hoje que um veículo blindado italiano foi destruído na Ucrânia, apesar de a Itália negar o enviado deste e outro material militar no âmbito do seu apoio a Kyiv.
© Simona Granati - Corbis/Corbis via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
"Um veículo blindado do exército italiano foi destruído durante a operação militar especial. O destino dos veículos militares transferidos para o regime de Kyiv é previsível e nada invejável", disse numa publicação numa rede social a embaixada russa em Roma.
A publicação inclui uma foto em que o veiculo é identificado como um "Iveco LMV 4x4".
"A título de informação para os responsáveis do Ministério da Defesa italiano", lê-se na publicação, "a embaixada não ataca ninguém, apenas relata os factos sobre os quais os megafones da propaganda da NATO são silenciosos".
Já antes, a embaixada da Rússia em Roma tinha dito que mísseis antitanque italianos tinham sido apreendidos na Ucrânia e no inicio deste mês tinha havido acusações do fornecimento de minas antipessoais, o que Roma negou veemente.
O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, refutou as acusações da Rússia de que os italianos fornecem minas antipessoais à Ucrânia, afirmando que são "completamente falsas, infundadas e gravemente difamatórias".
Num encontro com a imprensa, Crosetto afirmou que o país "não produz sequer minas terrestres e não as fornece a nenhum país do mundo, incluindo a Ucrânia", sublinhando que "Itália assinou o Tratado de Proibição de Minas (Tratado de Otava)".
Já esta semana, o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, declarou que Moscovo ficou surpreendido com o facto de a Itália estar entre os líderes do esforço internacional de apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
"Foi uma surpresa para nós ver a Itália tornar-se um dos líderes na frente antirrussa", disse Lavrov quarta-feira, respondendo a uma pergunta da agência italiana ANSA numa conferência de imprensa esta quarta-feira em Moscovo.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo prosseguiu considerando que a atitude de confronto (com a Rússia) foi imposta à Europa", e, portanto, "também à Itália".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com o envio de armamento para Kyiv, além de ajuda financeira e humanitária, e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A guerra causou até agora a deslocação interna e para fora do país de mais de 14 milhões de pessoas, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Ucrânia. EUA admitem que será "muito difícil" expulsar russos este ano
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com