UE envia delegação para acompanhar eleições gerais da Nigéria
A União Europeia (UE) vai enviar uma Missão de Observação Eleitoral para acompanhar as eleições gerais na Nigéria, em 25 de fevereiro e 11 de março, na sequência de um convite feito pela comissão eleitoral daquele país.
© Reuters
Mundo Nigéria
De acordo com a delegação da UE para a República Federal da Nigéria, o convite foi endereçado a Bruxelas pela Comissão Nacional Eleitoral Independente da Nigéria e o alto-representante do bloco comunitário para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, nomeou o eurodeputado Barry Andrews para acompanhar aquele processo eleitoral.
A União Europeia acompanhado as eleições nigerianas em 2003, 2007, 2011, 2015 e 2019.
Citado no comunicado divulgado, Josep Borrell referiu que as eleições gerais na Nigéria "são cruciais para a consolidação da democracia" naquele país e para "a estabilidade da região".
"Estas eleições serão competitivas e realizar-se-ão num contexto de segurança desafiante. A nossa esperança é de que os nigerianos consigam votar num ambiente pacífico e que quaisquer disputas consigam ser resolvidas através do diálogo e das ferramentas legais existentes", acrescentou o chefe da diplomacia europeia.
Já o eleito do Parlamento Europeu advogou que o modo como estas eleições decorrerem vai ser importante não só para a democracia nigeriana, mas também "para o continente como um todo".
As eleições na Nigéria, o país mais populoso de África com mais de 210 milhões de habitantes, irão escolher em 25 de fevereiro o sucessor do atual Presidente, Muhammadu Buhari, que não concorre à reeleição após terminar o seu segundo e último mandato de quatro anos.
Na corrida destaca-se o novo líder do All Progressives Congress (APC, partido no poder), Bola Ahmed Adekunle Tinubu, que enfrenta sobretudo três candidatos: Alhaji Atiku Abubakar, do People's Democratic Party (PDP, oposição), ex-vice-presidente de Olusegun Obasanjo, Peter Obi, do Labour Party, um dissidente do APC, que muitos eleitores veem como principal alternativa à atual classe dirigente, e Rabiu Musa Kwankwaso, líder do NNPP e também antigo membro do APC, apoiado sobretudo nas regiões setentrionais do país.
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