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Gâmbia planeia processar farmacêutica cujo xarope matou 70 crianças

A farmacêutica em causa é a Maiden Pharmaceuticals Ltd., localizada na Índia.

Gâmbia planeia processar farmacêutica cujo xarope matou 70 crianças
Notícias ao Minuto

23:08 - 20/12/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Gâmbia

O Parlamento da Gâmbia, antiga colônia britânica localizada no território africano, planeia processar a farmacêutica indiana Maiden Pharmaceuticals Ltd., cujo xarope para a tosse foi a causa da morte de 70 crianças naquela nação da África Ocidental.

No relatório da comissão de saúde do governo, citado pela Bloomberg, é referido que "o governo planeia prosseguir com a Acão judicial contra a Maiden Pharmaceuticals por exportar medicamentos contaminados para a Gâmbia".

Os restantes produtos da Maiden Pharmaceuticals Ltd. serão também proibidos no país, avançou ainda a comissão.

A Maiden Pharma não respondeu imediatamente a um pedido de comentários.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) em outubro, quatro dos xaropes para a constipação e tosse do fabricante com base em Nova Deli, capital da Índia, estão potencialmente associados a lesões renais agudas e dezenas de mortes, uma vez que continham "quantidades inaceitáveis" de dietilenoglicol e etilenoglicol". 

Para prevenir mais casos, a organização recomendou, na altura, que todos os países retirassem os medicamentos em questão de circulação, visto que o fabricante pode ter usado o mesmo material contaminado em outros produtos e distribuído localmente ou através de exportação, havendo "risco global".

São eles o Promethazine Oral Solution, o Kofexmalin Baby Cough Syrup, o Makoff Baby Cough Syrup e o Magrip N Cold Syrup, todos fabricados na mesma empresa, a Maiden Pharmaceuticals Limited.

A tragédia deu mais um golpe nas esperanças da Índia de estabelecer a indústria farmacêutica de 42 mil milhões de dólares (mais de 39 mil milhões de euros) como a "farmácia do mundo". Vários escândalos médicos tiveram origem em plantas indianas, e as tentativas de reforma têm sido lentas. 

Os medicamentos indianos podem custar cerca de 30% menos do que os seus equivalentes ocidentais, de acordo com uma estimativa da agência de promoção do investimento.

A Gâmbia, uma economia de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,8 mil milhões de euros), não dispõe de instalações de ensaio ou fabrico de medicamentos. 

"A causa real da morte destas crianças ainda está sob investigação científica", referiu o relatório da comissão de saúde da G1ãmbia.

Leia Também: Gâmbia recolha de medicamentos suspeitos de causar morte de crianças

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