EUA empenhados em "trazer a paz de volta à Europa"

O vice-Presidente norte-americano afirmou hoje que os Estados Unidos estão empenhados em "trazer a paz de volta à Europa", privilegiando negociações como a cimeira Washington-Moscovo de sexta-feira sobre a Ucrânia.

JD Vance

© HENRY NICHOLLS/AFP via Getty Images

Lusa
13/08/2025 21:39 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

Ucrânia/Rússia

Num discurso às tropas norte-americanas destacadas na base militar britânica de Fairford, no sudoeste de Inglaterra, JD Vance lembrou que Donald Trump lhe disse em privado, no dia em que chegou à presidência, há seis meses, que a missão do executivo seria "trazer a paz de volta à Europa".

 

"Mas, como todos sabem, é impossível trazer a paz de volta em qualquer lugar a menos que os bandidos estejam preocupados, porque desde o início temos uma excelente força aérea e um exército para apoiar a paz", prosseguiu Vance.

O "número dois" de Trump encontra-se no Reino Unido de férias em família, mas já manteve um encontro com o chefe da diplomacia britânica, David Lammy, na residência de campo em Chevening House, a sul de Londres.

"O que fizemos foi trabalhar num dos nossos objetivos de segurança partilhados mais importantes na Europa, que é acabar com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia", disse Vance a propósito da reunião com Lammy.

Hoje, Vance participou numa reunião virtual do grupo de países aliados de Kiev dispostos a ajudar nas garantias de segurança que a Ucrânia.

São as tropas norte-americanas, referiu Vance na base da Real Força Aérea (RAF) britânica, que permitem que os objetivos de Trump sejam alcançados "através da negociação", como a que está prevista na sexta-feira em Anchorage, no Alasca, com o Presidente russo, Vladimir Putin.

A cimeira será a primeira entre os líderes dos Estados Unidos e da Rússia desde que Moscovo lançou a invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022, que desencadeou um conflito considerado como a situação mais grave de segurança na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

O Presidente ucraniano não foi convidado para estar presente na reunião de sexta-feira, mas já se opôs à possibilidade levantada por Trump de haver cedências de território.

Além dos elogios à "melhor força de combate do mundo", Vance destacou a "bela aliança" que historicamente une o Reino Unido e os Estados Unidos, desde a Primeira Guerra Mundial até às recentes intervenções antiterroristas no Iémen.

"Cada vez que se alcança uma vitória pela liberdade, pela paz e pela prosperidade, é quase sempre porque os britânicos e os americanos a alcançam juntos. Vencemos sempre que vamos juntos para a guerra", afirmou.

Vance tem sido um forte crítico da dependência militar em relação a Washington dos europeus, que em abril rotulou de "constantes vassalos de segurança".

Foi criticado no Reino Unido particularmente pelos comentários em março, nos quais descreveu os europeus como "uns países quaisquer que não entram numa guerra há 30 ou 40 anos", quando em praticamente todos os principais conflitos em que têm estado envolvidos os norte-americanos têm contado com apoio britânico.

Os comentários de Vance na altura mereceram críticas de todos os quadrantes políticos britânicos.

Leia Também: Alasca. Aliados de Kyiv querem sanções se não sair acordo de cessar-fogo

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