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Russo condenado pela queda do voo MH17 em 2014 terminou luta no Donbass

O russo Igor Guirkin, procurado pelas autoridades ucranianas e neerlandesas pela queda do voo MH17 da Malaysia Airlines em 2014, regressou à Rússia depois de quase dois meses ao lado das forças pró-russas no Donbass.

Russo condenado pela queda do voo MH17 em 2014 terminou luta no Donbass

Guirkin, que foi considerado culpado em novembro por um tribunal neerlandês, disse hoje, através do seu canal na rede social Telegram, que a sua tentativa de "participar diretamente da luta" na Ucrânia "não foi bem-sucedida".

Popularmente conhecido como 'Strelkov', este ex-oficial do Serviço Federal de Segurança (FSB) recordou hoje que se deslocou a Donetsk em outubro, onde se inscreveu como soldado raso numa das milícias populares do Donbass.

"Eles informaram-me oficiosamente que o meu alistamento não autorizado nas milícias do povo de Donetsk causou desconforto ao comando, mas garantiram-me que o problema seria resolvido a tempo", explicou.

Segundo 'Strelkov', durante algum tempo foi nomeado comandante de um batalhão de alcance militar e em novembro mudou-se para a cidade de Svatovo, próximo da frente de combate, onde permaneceu durante dez dias.

Após regressar de Svatovo, Guirkin foi informado que "não estava inscrito" naquela unidade, entregando a sua arma e regressando a Moscovo.

Kyiv oferece uma recompensa de 100.000 dólares (cerca de 95.500 euros) por Igor Guirkin, que gerou várias controvérsias devido às suas críticas constantes o Ministério da Defesa russa pela sua estratégia durante a campanha militar na Ucrânia.

Pelo seu envolvimento no derrube do MH17, no leste da Ucrânia, 'Strelkov' foi condenado pela justiça neerlandesa a prisão perpétua, enquanto na Ucrânia é procurado por terrorismo e crimes de guerra.

Além de Guirkin, os também russos Sergei Dubinski e Oleg Pulatov e o ucraniano Leonid Khartchenko, quatro membros de alta patente dos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, foram acusados de abater o avião da Malaysia Airlines que fazia o voo MH17 com um míssil terra-ar "Buk" russo.

Os procuradores do tribunal holandês de Schiphol disseram que os quatro acusados desempenharam um papel central na entrega de uma bateria antiaérea Buk, provavelmente destinada a atingir um avião de guerra ucraniano.

O Boeing 777-200ER da Malaysia Airlines descolou de Schiphol no dia 17 de julho de 2014, num voo até à capital malaia, Kuala Lumpur, mas foi abatido por um míssil russo sobre a Ucrânia, tendo morrido todas as pessoas que estavam a bordo, maioritariamente holandesas.

Os Países Baixos responsabilizaram a Rússia pela tragédia, mas Moscovo sempre negou qualquer ligação ao que aconteceu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.702 civis mortos e 10.479 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Hospitais ucranianos devem suspender cirurgias não urgentes

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