Morreu líder do autoproclamado Estado Islâmico (e já há substituto)
O antigo responsável estava no cargo desde março, quando sucedeu a um responsável que foi morto durante uma operação das Forças Especiais dos Estados Unidos.

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Mundo Estado Islâmico
O líder do autoproclamado Estado Islâmico (EI) morreu, de acordo com o que o porta-voz do grupo extremista anunciou, esta quarta-feira.
Segundo a Reuters, que terá dito acesso a uma mensagem deixada pelo porta-voz na plataforma Telegram, Abu al-Hassan al-Hashemi al-Quraishi já foi substituído.
"Lamento anunciar aos muçulmanos e aos soldados do califado islâmico a morte do príncipe dos crentes, Abu Hassan al-Hashemi al-Qurashi, durante uma batalha em que lutava contra os inimigos de Alá", disse o porta-voz.
O grupo extremista islâmico será agora liderado por Abu al-Husayn al-Husayni al-Qurashi.
O líder cuja morte foi esta quarta-feira anunciada assumiu o cargo em março deste ano, sucedendo a Abu Ibrahim Al-Hashemi Al-Quraishi, que morreu numa operação das Forças Especiais dos Estados Unidos, no norte da Síria.
O porta-voz do grupo não especificou na mensagem as circunstâncias da morte do líder do grupo, a segunda de um chefe do EI em menos de um ano, mas adiantou que a escolha do novo chefe aconteceu após uma reunião da cúpula do movimento 'jihadista'.
O primeiro líder do grupo EI, Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi, foi morto em 2019 num ataque dos Estados Unidos na província de Idlib, reduto da oposição síria no nordeste do país, e o sucessor, Abu Ibrahim al-Hashimi al-Qurashi, foi abatido a 03 de fevereiro deste ano noutra operação especial das tropas norte-americanas no noroeste do país.
Abu Bakr al-Baghdadi al-Qurashi fora proclamado califa pelo grupo Estado Islâmico em 2019, após a morte do antecessor, Abu Bakr al-Baghdadi.
Desde a morte de al-Baghdadi, os líderes do grupo Estado Islâmico passaram a incluir o nome al-Qurashi, numa referência à tribo dos coraixitas, à qual pertencia o profeta Maomé.
Após uma ascensão meteórica ao poder em 2014 no Iraque e na Síria, e a conquista de vastos territórios, o EI viu o seu autoproclamado "califado" ser derrubado após sucessivas ofensivas militares nestes dois países, respetivamente em 2017 e 2019.
Desde então, a organização foi desestabilizada em várias ocasiões pela morte ou captura de vários dos seus líderes.
[Notícia atualizada às 17h31]
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