O pinguim-imperador é uma das espécies de pinguins mais famosas da Antártida, mas pode entrar em vias de extinção no próximo século. O motivo? As alterações climáticas.
O alerta foi dado pelo serviço norte-americano para a vida selvagem (U.S Fish and Wildlife Service), que colocou o animal ao abrigo de uma lei para espécies que estão em risco de extinção (Endangered Species Act).
A maior espécie de pinguins do mundo pode medir até 122 centímetros e pesar 37 quilogramas. Vive, na sua maioria, na Antártida, onde tem 61 colónias reprodutora conhecidas, num total estimado de 625 mil a 650 mil aves.
No entanto, segundo o U.S Fish and Wildlife Service, parte significativa da sua população “ficará em perigo num futuro previsível”. “A lista reflete a crescente crise de extinção”, sublinhou Martha Williams, diretora do serviço norte-americano, acrescentando que “as alterações climáticas estão a ter um impacto profundo nas espécies em todo o mundo”.
Até 2050, a população global de pinguins-imperador poderá diminuir entre 26 a 47%, dependendo da progressão dos níveis de emissão de dióxido carbono e das alterações climáticas. Já em 2100, o U.S Fish and Wildlife Service tem “incertezas substanciais” em relação à população da espécie.
A inclusão do pinguim-imperador na Endangered Species Act “serve como um sinal de alerta, mas também como um apelo à ação”, destacou Williams. A lei, que inclui o estatuto de espécie em vias de extinção, foi publicada esta quarta-feira e entrará em vigor daqui a 30 dias.
.@USFWS is protecting Antarctica’s emperor penguin as threatened under the federal Endangered Species Act. The impact of climate change on sea-ice habitat is the primary threat: https://t.co/Crg0PPV8hc
— USFWS News (@USFWSNews) October 25, 2022
: William Link/USGS (NMFS Permit No: 1032-1917) pic.twitter.com/7musgflVIA
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