O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, anunciou em comunicado a decisão de retirar os militares, metade do efetivo da Guarda Nacional mobilizado em junho pelo executivo republicano para o estado, apesar de oposição do governador democrata, Gavin Newsom, e de outras autoridades locais.
No total, o executivo de Donald Trump mobilizou para Los Angeles cerca de 4.000 militares da Guarda Nacional e ainda 700 fuzileiros navais.
O Pentágono não esclareceu por quanto tempo os restantes militares permanecerão na cidade, para onde foram enviados num destacamento de 60 dias, encarregados de proteger edifícios federais e proteger agentes de imigração durante rusgas.
No início de julho, o exército anunciou que cerca de 200 destes militares regressariam às suas unidades para apoiar no combate a incêndios florestais.
Os protestos começaram a 06 de junho, quando a agência de imigração (ICE, sigla em inglês) lançou rusgas em grande escala para deter imigrantes ilegais, causando revolta na população pelo uso de força e nalguns casos de carrinhas descaracterizadas, agentes à paisana e sem distintivo.
A chegada dos militares foi considerada uma provocação também pela autarca de Los Angeles, Karen Bass, que negou que a cidade precisasse de ajuda militar, tal como o chefe da polícia de Los Angeles, Jim McDonnell.
Newsom recorreu à justiça para impedir a mobilização, e inicialmente um juiz do tribunal distrital deliberou que o Presidente agiu ilegalmente ao mobilizar a Guarda Nacional, mas um tribunal de recurso reverteu a decisão, estando caso ainda em julgamento.
Em comunicado, o governador afirmou que embora 2.000 dos militares estejam a começar a ser desmobilizados, os restantes membros da Guarda permanecem no terreno, "sem orientação".
"Apelamos a Trump e ao Departamento de Defesa para que ponham fim a este teatro e enviem todos para casa agora", adiantou.
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