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Em Berlim, Costa defende "União Europeia da energia" e combate às crises

Para o primeiro-ministro, é necessário criar um mecanismo de estabilização permanente das crises "à nossa espera".

Em Berlim, Costa defende "União Europeia da energia" e combate às crises

Marcando presença no Congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), que termina este sábado, em Berlim, o primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Socialista (PS), António Costa, defendeu a necessidade de se estabelecer não só uma "União Europeia da energia", mas também um mecanismo de estabilização permanente das crises "à nossa espera".

"Precisamos de uma União Europeia da energia. Temos de construir interligações entre todos os nossos Estados-membros, para que possamos partilhar a melhor energia que produzimos e podemos pagar", salientou, considerando que as energias renováveis "são o futuro".

O objetivo primordial seria "permitir a toda a gente desfrutar da energia de que necessitam", num momento em que uma onda "populista" varre a Europa (e o mundo).

"Não nos podemos esquecer de que, se queremos vencer esta transição energética, temos de ter o apoio do nosso povo. Se queremos evitar dar forças aos populistas, temos de ser nós a definir o preço da energia, e isso é urgente", considerou.

O chefe do Governo defendeu ainda a criação de um mecanismo de estabilização permanente, que consiga enfrentar as crises a que somos sujeitos, usando, a título de exemplo, as crises consecutivas dos últimos 15 anos.

"Temos estado a enfrentar crises consecutivas, nos últimos 15 anos. Crises financeiras, climáticas, pandémicas e, agora, a guerra. Isto significa que temos de criar um mecanismo de estabilização permanente, para fazer face a estas crises. E, entretanto, precisamos de acelerar os instrumentos que já temos", como é o caso da NextGenerationEU e do REPowerEU, enumerou, uma vez que "há sempre crises à nossa espera".

O secretário-geral do PS realçou ainda que é necessário "aprender [com] crises anteriores", ressalvando que, "há 10 anos, não agimos bem durante a crise financeira, quando deixámos cada Estado-membro por sua conta e construímos uma política baseada na austeridade".

"Mas agimos bem a combater a crise de Covid-19, não apenas na procura conjunta de vacinas, mas porque, desta vez, não agimos guiados pela austeridade, mas sim pela solidariedade. Encontrámos uma resposta para um problema comum", complementou.

O chefe do Governo apontou ainda que "não será seguramente na próxima semana, mas nos próximos conselhos, a discussão sobre a governação económica da Europa. E um dos temas é a existência deste fundo permanente", disse.

"Acho que haverá consenso nesse sentido, porque a história demonstrou como a sucessão de crises recomenda que haja um mecanismo permanente, e que não tenhamos a cada crise de estar a inventar um mecanismo 'ad hoc' para responder, sobretudo quando os problemas são muito semelhantes", complementou.

Numa altura em que a Europa está "perante múltiplos desafios" - com a guerra na Ucrânia e o aumento do custo de vida -, a secretária nacional do PS para as Relações Internacionais, Jamila Madeira, adiantou, em declarações à agência Lusa, que o partido participaria no congresso de Berlim com um foco no apoio social e na "defesa das pessoas".

"O nosso secretário-geral e senhor primeiro-ministro teve essa atuação quando foi a pandemia (...) e agora, neste congresso, [pretende] que a doutrina de defesa dos líderes socialistas no quadro do Conselho Europeu, do Parlamento Europeu, e até da Comissão, seja também de defesa das pessoas e de defesa e proteção das pessoas", apontou a deputada.

Costa marcou presença no painel 'Leading Europe through change' ('Liderar a Europa através da mudança', em tradução livre), ao lado de Pedro Sánchez, líder do PSOE e primeiro-ministro espanhol, Robert Abela, líder do partido trabalhista e primeiro-ministro de Malta, e Magdalena Andersson, líder do Partido Social Democrata e primeira-ministra da Suécia.

[Notícia atualizada às 15h17]

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