A Audiência Nacional de Espanha condenou, na terça-feira, Ana María Cameno, conhecida como a ‘rainha da coca’, a 16 anos de prisão. Em causa está o tráfico de mais de 100 quilogramas de cocaína em várias zonas de Espanha e o branqueamento de milhões de euros no Panamá.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, que cita fontes judiciais, a mulher foi condenada a 12 anos por tráfico de estupefacientes e quatro por branqueamento de capitais. Cameno, que se encontrava em liberdade condicional, foi detida na segunda-feira por existir perigo de fuga quando a sentença fosse tornada pública.
A acusação pedira uma pena de prisão de 25 anos e o pagamento de uma multa “quatro vezes superior ao valor da substância narcótica”, além de o pagamento de 1,2 milhões de euros por “lavagem de dinheiro”. A espanhola foi também acusada de posse ilegal de armas, crime do qual foi absolvida.
O crime remonta a 2014, quando Ana María Cameno foi detida e acusada de liderar uma rede de tráfico de droga que distribuiu 100 quilogramas em diferentes regiões de Espanha. Durante as diligências policiais, foi possível desmantelar a rede e apurar que a mulher tinha criado um esquema para lavar os lucros em produtos financeiros através de transferências para o Panamá.
Segundo a acusação do Ministério Público espanhol, a acusada “manteve contactos regulares tanto com os fornecedores como com os encarregados do transporte” da cocaína, enquanto o seu marido “estava encarregado dos pagamentos correspondentes às vendas desta substância, bem como dos contactos com a rede que garantiriam a ocultação" dos lucros.
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