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Quinze mortos e 50 feridos em ataque russo a estação ferroviária

Pelo menos 15 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas hoje num ataque russo a uma estação ferroviária na Ucrânia, denunciou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, perante o Conselho de Segurança da ONU.

Quinze mortos e 50 feridos em ataque russo a estação ferroviária
Notícias ao Minuto

19:48 - 24/08/22 por Lusa

Mundo Rússia/Ucrânia

"Acabo de ser informado de um ataque de mísseis russo a uma estação ferroviária na região de Dnipropetrovsk (...). Pelo menos 15 pessoas morreram e cerca de 50 ficaram feridas", declarou Zelensky no início do seu discurso na reunião do Conselho de Segurança da ONU, encontro realizado no dia em que se celebra o Dia da Independência da Ucrânia e se assinalam simultaneamente seis meses desde o início da invasão lançada pela Rússia.

De acordo com Zelensky, que participou na reunião por videoconferência, o ataque atingiu a estação de Chaplino, sendo que quatro carruagens de passageiros arderam.

"As equipas de resgate estão a trabalhar. Mas, infelizmente, o número de mortos ainda pode aumentar", enfatizou.

"É assim que a Rússia se preparou para esta reunião do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou o líder ucraniano.

Nas fotografias do ataque partilhadas pela imprensa ucraniana é possível ver carruagens totalmente destruídas pelo fogo, assim como automóveis atingidos.

"Sabíamos que a Rússia cometeria um ataque brutal e devastador no Dia da Independência da Ucrânia. Pelo menos 15 mortos e 50 feridos após ataque com mísseis na estação ferroviária de Chaplino, Dnipro. Outro ataque no centro ferroviário em Shepetivka, Khmelnytskyi. Alertas de ataque aéreo continuam em Kiev", escreveu na rede social Twitter Maria Avdeeva, especialista em segurança internacional e desafios de segurança emergentes.

No seu discurso, marcado também por problemas técnicos que dificultaram a transmissão da sua mensagem, Zelensky declarou que "a Rússia colocou o mundo inteiro à beira de um desastre de radiação" e que é um "facto que a central nuclear de Zaporijia foi transformada numa zona de guerra".

"Hoje o nosso país está a comemorar o Dia da Independência e agora todos podem ver o quanto o mundo depende da nossa independência", disse o chefe de Estado ucraniano.

Perante uma plateia composta por representantes diplomáticos e altos funcionários da ONU, que incluía o próprio secretário-geral da organização, António Guterres, Zelensky propôs realizar em Kiev em 2023 uma Cimeira do Futuro, sob os auspícios da ONU.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os setores, da banca à energia e ao desporto.

Na guerra, que hoje entrou no seu 182.º dia, a ONU apresentou como confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.

[Notícia atualizada às 20h24]

Leia Também: Zelensky diz na ONU que Rússia deve parar com "chantagem nuclear"

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