Israel envia delegação à Rússia após intenção de encerrar Agência Judaica
O Governo israelita enviou hoje uma delegação à Rússia para abordar a intenção de Moscovo de encerrar a atividade da Agência Judaica, um organismo que promove e organiza a emigração de pessoas de origem judaica para Israel.
© Getty Images
Mundo Israel
"A comunidade judaica na Rússia está profundamente ligada a Israel", disse o primeiro-ministro israelita em funções, Yair Lapid, assegurando que continuará a "atuar através de canais diplomáticos para que não cesse a importante atividade da Agência Judaica".
Um tribunal de Moscovo anunciou hoje que o Ministério da Justiça russo pediu a dissolução na Rússia da Agência Judaica num contexto de elevada tensão devido à guerra na Ucrânia.
"O tribunal recebeu uma queixa administrativa do departamento principal do Ministério da Justiça em Moscovo que pede a dissolução (...) da organização sem fins lucrativos 'Apoio das ligações com a diáspora judaica, Agência Judaica Sokhnout'", indicou Ekaterina Buravtsova, uma porta-voz do tribunal Basmay de Moscovo.
Citada pela agência Interfax, a porta-voz declarou que este pedido foi motivado pelas violações da lei, sem dar mais pormenores.
Uma "discussão pedida pelo juiz" sobre este caso deverá ocorrer em 28 de julho, acrescentou a representante.
Na semana passada, o Ministério da Justiça russo afirmou à agência noticiosa Ria Novosti ter promovido entre 30 de maio e 27 de junho "verificações de documentos" junto da organização, sem fornecer mais detalhes sobre o resultado desses procedimentos.
Esta decisão foi considerada por diversos 'media' israelitas como uma possível represália da Rússia face a Israel pela posição crítica do Estado judaico face à invasão militar da Ucrânia, apesar de as autoridades israelitas terem mantido uma atitude discreta sobre o assunto para evitar melindrar o Kremlin.
Ao contrário dos Estados Unidos e dos seus aliados ocidentais, Israel não impôs sanções em Moscovo.
No final de junho, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou Israel, censurando o país pelo facto de se ter recusado a impor sanções contra a Rússia.
Desde o início da crise desencadeada pela guerra na Ucrânia, a Agência Judaica -- com presença em muitos países -- facilitou e liderou a transferência para Israel de muitos ucranianos e russos com raízes judias e que podem obter a nacionalidade israelita com base na designada Lei do Regresso.
Para além de milhares de ucranianos, cerca de 10.000 russos de origem judia emigraram para Israel desde o início do atual conflito.
Formada em 1929, esta organização organiza a emigração em direção a Israel de pessoas de origem judaica.
Iniciou o seu trabalho na Rússia em 1989, dois anos antes do fim da URSS, e originou de seguida a chegada a Israel de centenas de milhares de judeus oriundos de toda a ex-União Soviética.
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