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Polícia intervém em ataques fascistas a refugiados sírios na Turquia
Vídeo mostra autoridades a tentar impedir que grupos turcos ataquem refugiados sírios que se encontravam nas suas casas numa vila na província de Adana.
© Reprodução Redes Sociais
Mundo Refugiados
Com o sentimento xenófobo em ascensão na Turquia, são cada vez mais recorrentes os ataques de grupos fascistas a refugiados sírios que tentam encontrar um novo lar. Desta vez os conflitos ocorreram na vila de Doğankent, no distrito de Yüreğir, província de Adana, na Turquia.
No vídeo acima é possível assistir a uma multidão de locais a invadir casas de sírios, o que levou à intervenção da polícia turca de forma a impedir que dos conflitos resultassem feridos ou mortes.
Os refugiados sírios são forçados a escolher entre viver numa zona de desacatos ou num país onde não se sentem acolhidos e obrigados a lidar com um ambiente xenófobo que não tem facilitado a integração.
De mencionar que o político turco Süleyman Soylu alegou que os refugiados estavam a "drenar os recursos do país" e prometeu fazer mudanças caso vença as eleições do próximo ano. Já Kemal Kilicdaroglu, líder do opositor Partido Popular Republicano, tem como slogan da sua campanha: "Vamos mandar todos os sírios para casa", avança a agência de notícias Middle East Eye. "Este problema será resolvido dentro de dois anos... Não somos uma nação racista... Vamos resolver esta questão de forma tranquila", publicou na rede social Twitter na semana passada.
Outro líder da oposição, Umit Ozdag, do Partido Nasr, sugeriu que, para enfrentar a crise, enviaria uma delegação para se reunir com o governo sírio para discutir o retorno dos refugiados.
Esta posição por parte de diferentes partidos políticos turcos em relação aos refugiados reflete-se ruas do país, que para além de ataques violentos vê ainda desenhos e frases racistas a pedir a expulsão dos sírios. Também a taxa de natalidade dos refugiados sírios é motivo de preocupação por parte do governo turco. No mês passado, o governador da província de Hatay alertou que a maioria dos recém-nascidos da província eram sírios, acrescentando que, se nenhuma medida fosse tomada, os sírios governariam a província dentro de 12 anos.
Leia Também: Índia. Número de mortes por Covid poderá ser 8 vezes maior ao divulgado
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