Dois elementos da organização Médicos sem Fronteiras raptados no Iémen
Dois trabalhadores estrangeiros da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) foram "raptados" por um "grupo armado" no leste do Iémen, disse uma fonte do governo, tendo a organização confirmado que perdeu o contacto com os dois colaboradores.
© Lusa
Mundo Médicos sem Fronteiras
O rapto de estrangeiros por grupos armados, nomeadamente os jihadistas da Al-Qaeda, é comum no Iémen, um país devastado pela guerra.
"Um grupo armado raptou dois membros do pessoal dos MSF, um alemão e outro mexicano, em Hadramout", disse à agência de notícias AFP uma fonte do Ministério do Interior.
Segundo a mesma fonte, foi lançada uma "operação militar para apanhar os raptores".
A organização humanitária confirmou que tinha "perdido o contacto com alguns dos seus colaboradores no Iémen".
"Para a segurança dos nossos colegas, não podemos fornecer mais pormenores nesta fase", disse a organização numa mensagem enviada à AFP.
A enorme província de Hadramout está sob o controlo do governo internacionalmente reconhecido, com a maior parte do Norte, incluindo a capital, Sanaa, nas mãos dos rebeldes Houthis.
A guerra no Iémen opõe principalmente forças leais ao governo, apoiadas pela Arábia Saudita e pelos Emirados Árabes Unidos, e os Houthis, apoiados pelo Irão.
Em fevereiro, cinco elementos do pessoal da ONU foram raptados na província sul de Abyan quando regressavam à cidade portuária de Aden, "depois de completarem uma missão no terreno", de acordo com a organização.
A guerra devastou o Iémen, o país mais pobre da Península Arábica, com centenas de milhares de pessoas mortas, milhões de deslocados e uma população que enfrenta uma das piores crises humanitárias do mundo.
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