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Países bálticos aplaudem possível reforço de militares dos EUA

Os líderes dos países bálticos congratularam-se hoje com a informação de que os Estados Unidos planeiam enviar milhares de militares, juntamente com aviões e navios de guerra, para os aliados da NATO no Báltico e na Europa Oriental.

Países bálticos aplaudem possível reforço de militares dos EUA
Notícias ao Minuto

19:43 - 24/01/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

A Letónia está "interessada numa presença mais forte da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte]", disse o primeiro-ministro letão, Arturs Krisjanis Karins, em conferência de imprensa.

"Há conversações em andamento com os Estados Unidos e outros países da NATO. Dinamarca, Espanha e França indicaram que podem aumentar a sua presença", adiantou à agência de notícias EFE.

A Letónia, como as vizinhas Estónia, Lituânia e Polónia, alberga unidades militares da NATO de forma rotativa.

O grupo militar que se encontra em território letão, com cerca de 1.512 soldados, é liderado pelo Canadá e tem membros da Albânia, República Checa, Itália, Montenegro, Polónia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha.

Os Estados Unidos estão a considerar enviar até 5.000 militares para os países bálticos e da Europa Oriental -- aliados da NATO --, face à possibilidade de uma invasão russa à Ucrânia, segundo a imprensa norte-americana.

A ajuda pode envolver entre 1.000 e 5.000 militares, navios de guerra e caças, adiantou o The New York Times, acrescentando que o número pode aumentar se as condições piorarem.

De acordo com a CNN, o Pentágono está numa fase de identificação de unidades que poderão ser mobilizadas, mas a decisão final ainda não foi tomada.

A possibilidade do envio de tropas norte-americanas acontece após conversas entre o Presidente, Joe Biden, e os seus assessores, incluindo o secretário da Defesa, Lloyd Austin.

Autoridades dos Estados Unidos, falando sob anonimato, disseram que estão a consultar os aliados sobre as movimentações de tropas e que todos os cenários estão a ser considerados.

"Estamos a chegar ao ponto em que deve haver medidas defensivas adequadas da NATO face aos contínuos preparativos militares da Rússia e da Bielorrússia na Europa", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Letónia, Edgars Rinkevics, no Twitter.

E acrescentou: "É hora de aumentar a presença das forças aliadas no flanco leste da Aliança, como medida defensiva e dissuasiva".

Por seu lado, o ministro da Defesa lituano, Arvydas Anusauskas, deu hoje a entender que o envio de tropas dos Estados Unidos está a ser preparado.

"Está em discussão a criação de capacidades adicionais, tudo relacionado com a estrutura da NATO está em fase de planeamento e há certos planos e tempos de resposta também para a Lituânia", disse Arvydas Anusauskas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, disse em Bruxelas que o seu Governo está convencido de que "uma guerra real é uma possibilidade provável" e acrescentou que a Rússia deve enfrentar "sanções duras" em caso de ataque à Ucrânia.

Já a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, indicou em entrevista ao jornal Financial Times que a NATO deveria reforçar o flanco oriental no seu país, na Lituânia e na Letónia, quer a Rússia invada ou não a Ucrânia.

"O maior impedimento é ter grandes amigos. Se sofre de 'bullying' na escola, o 'bully' não o intimida se tiver amigos grandes e fortes, e a dissuasão é a mesma", disse Kallas, acrescentando que "uma bandeira norte-americana é a melhor dissuasão contra a Rússia".

A NATO comunicou hoje que colocaria forças de prontidão e enviaria navios e aviões de combate para fortalecer as suas defesas na Europa Ocidental.

Os Estados Unidos, seguidos do Reino Unido e Austrália, anunciaram no domingo a retirada de parte do pessoal das suas embaixadas em Kiev, devido a uma possível "invasão russa" que pode "acontecer a qualquer momento", e, perante a falta de progressos nas negociações entre a Rússia, os norte-americanos e a União Europeia tentam desarmadilhar a crise.

A Rússia é acusada pelo Ocidente de ter reunido cerca de 100 mil militares nas fronteiras ucranianas para um ataque, o que o país liderado por Vladimir Putin nega.

Moscovo exige garantias para sua segurança, em particular a rejeição da adesão da Ucrânia à NATO.

Os Estados Unidos e os seus aliados alertaram a Rússia para sanções pesadas no caso de uma invasão ao território ucraniano.

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