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Líder juvenil desafia colegas a iniciativas "para mudar a Guiné-Bissau"

O presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (Renaj) da Guiné-Bissau, Seco Duarte Nhaga, defendeu hoje, em declarações à Lusa, que os jovens guineenses "deviam avançar com ações concretas para mudar" o país.

Líder juvenil desafia colegas a iniciativas "para mudar a Guiné-Bissau"
Notícias ao Minuto

10:56 - 20/12/21 por Lusa

Mundo Guiné-Bissau

"Já que os políticos, nos seus partidos, não têm propostas, os jovens devem avançar nesse sentido", declarou Duarte Nhaga, que falava à Lusa a propósito da Quinzena dos Direitos Humanos.

Ao abordar a situação do setor da Educação na Guiné-Bissau, o líder da Renaj, plataforma que agrupa cerca de 81 associações juvenis, criticou os sucessivos governos guineenses pela forma como "têm tratado a escola".

"Há já duas décadas que os governos têm negado escola aos jovens, isso tudo somado aos problemas na saúde, falta de infraestruturas. Todos os dias assistimos ao desmoronar deste país", observou Duarte Nhaga.

O dirigente juvenil apontou como "prova" a parte do recente Orçamento Geral do Estado (OGE) aprovado no parlamento para o setor da Educação.

"É como se os problemas da Educação se resumissem ao pagamento de salários", notou Nhaga.

O líder da Renaj desafiou, assim, os jovens a "passarem das palavras aos atos", propondo ao país "agendas alternativas" que, disse, não serão listas de ideias dos partidos, mas sim, propostas de ações concertadas para serem executadas pelos jovens.

Seco Duarte Nhaga propõe manifestações em simultâneo em todo o país, campanhas conduzidas pelos jovens para sensibilizar a população a vetar candidatos a deputados analfabetos, partidos sem programas coerentes de governação ou aqueles que não apresentarem jovens nas suas listas.

"Temos de banir do espetro político nacional políticos insensíveis aos problemas que afetam diretamente a juventude, políticos que não promovem uma verdadeira cidadania", defendeu o presidente da Renaj.

Seco Duarte Nhaga disse que em 2021 os jovens "foram passivos", tendo dado "algum benefício de dúvida aos políticos'', mas prometeu que em 2022 "as coisas serão diferentes".

Sobre o acordo de partilha de eventuais recursos petrolíferos assinado entre os Presidentes da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e Macky Sall, do Senegal, o líder da Renaj disse que a sua organização vai tomar uma posição pública brevemente.

"Não reconhecemos nenhuma eficácia do acordo assinado entre os Presidentes da República da Guiné-Bissau e o do Senegal. Exigimos ao Presidente (Sissoco Embaló) que volte atrás e cumpra com as formalidades, ou seja, deixar o Governo assinar, Parlamento ratificar e ele promulgar", defendeu Duarte Nhaga, formado em direito pela Faculdade de Direito de Bissau.

O líder da Renaj avisou também Umaro Sissoco Embaló de que se não voltar atrás perderá a confiança da juventude guineense, porque está a colocar o seu futuro em causa.

Leia Também: Guiné-Bissau: 2022, um ano entre os desafios e a desconfiança

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