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Boris Johnson diz que já retirou a maioria dos seus cidadãos e afegãos

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse hoje que o Reino Unido já retirou do Afeganistão a "esmagadora maioria" dos seus cidadãos e outras pessoas identificadas para serem retiradas daquele país.

Boris Johnson diz que já retirou a maioria dos seus cidadãos e afegãos
Notícias ao Minuto

13:53 - 26/08/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

Em declarações aos meios de comunicações no norte de Londres, após se reunir com militares que coordenam as operações de retirada na zona, o líder conservador disse que "cerca de 15.000 pessoas" já foram retiradas por militares britânicos em Cabul.

"Durante o tempo que nos resta, que pode ser muito pouco, faremos todos os possíveis para tirar os restantes", disse o primeiro-ministro.

Questionado sobre a "ameaça" iminente de um ataque terrorista nas proximidades do aeroporto de Cabul pelo grupo denominado Estado Islâmico da Província de Khorasan (ISKP, na sigla em inglês), Johnson indicou que neste momento é preciso ser "transparente sobre os riscos" implícitos na operação de retirada de pessoas que está a ser realizada.

"Não posso entrar em detalhes, claramente, mas devemos levar em conta a segurança de nosso pessoal, mas também dos afegãos que estão a tentar sair", declarou.

Sobre o prazo de operação, previsto até 31 de agosto, Johnson garantiu que isso não marcará o fim do compromisso do Reino Unido em ajudar aqueles que desejam deixar o Afeganistão.

Sobre os atuais bloqueios nas estradas afegãs impostos por militantes dos talibãs para impedir que civis cheguem ao aeroporto de Cabul, Johnson declarou que se o regime talibã deseja estabelecer uma "relação diplomática e política com o resto do mundo (...), a condição fundamental é que proporcionem uma passagem segura para quem deseja sair [do país]".

O primeiro-ministro britânico também observou que o próximo desafio será ajudar os afegãos retirados a "integrarem-se" na sociedade britânica.

"O verdadeiro trabalho agora será garantir que tenham residência, tenham as capacidades e as oportunidades de se integrarem na nossa sociedade", disse.

Estas declarações ocorreram depois de o ministro das Forças Armadas do Reino Unido, James Heappey, ter revelado que "informações muito confiáveis" foram recebidas que apontam para a possibilidade de que um ataque terrorista "iminente" e "sério" poderia ocorrer na capital afegã.

Como resultado dessa informação, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico modificou a sua recomendação oficial de viagem é para os seus cidadãos não se aproximarem do aeroporto afegão, mas se afastar do local, "encontrar um local seguro e aguardar novas instruções".

Leia Também: Talibãs atacam dois jornalistas de principal canal de notícias afegão

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