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Arábia Saudita executou 31 pessoas até junho, mais do que em 2020

A Arábia Saudita aplicou a pena de morte a 31 pessoas nos primeiros seis meses do ano corrente, número que ultrapassa o total de execuções efetuadas em todo o ano de 2020, denunciou hoje uma organização não-governamental (ONG).

Arábia Saudita executou 31 pessoas até junho, mais do que em 2020
Notícias ao Minuto

19:27 - 01/07/21 por Lusa

Mundo Arábia Saudita

"O Governo saudita efetuou 31 execuções no primeiro semestre de 2021, ultrapassando o número total de execuções realizadas no ano de 2020, que foram 27", referiu a Organização Europeia-Saudita para os Direitos Humanos (ESOHR, na sigla em inglês), num relatório hoje divulgado.

No documento, a ESOHR denuncia a "falsidade" das declarações das autoridades de Riade quando apontam as reformas aplicadas no sistema penal saudita e na redução das execuções.

No ano passado, o Governo saudita anunciou que tinha reduzido o número de execuções em 85% em comparação com 2019, ano em que o país atingiu um número máximo de execuções, num total de 184.

Em abril de 2020, a Amnistia Internacional chegou a referir que as 184 execuções eram um recorde no território saudita desde que a organização internacional publica os dados anuais sobre a aplicação da pena de morte no mundo.

A redução verificada em 2020 foi atribuída às "reformas legais" aplicadas por Riade, como foi o caso de uma moratória que abrangeu pessoas condenadas por crimes relacionados com drogas.

Na altura, a Arábia Saudita assinalou a "redução acentuada" das execuções, tendo argumentado que era um "sinal" de que o sistema saudita estava a concentrar-se mais na reabilitação e na prevenção do que na punição, especialmente em relação "aos delinquentes não violentos" e numa respetiva "segunda oportunidade".

"À medida que avançamos em 2021, fica claro que o baixo número de execuções realizadas em 2020 não foi uma consequência das reformas, mas sim devido às condições extraordinárias que surgiram no âmbito da pandemia de covid-19", afirmou a ESOHR.

A ONG frisou ainda que a Arábia Saudita "trabalhou arduamente para polir a sua imagem obscura em 2020", ano durante o qual Riade assumiu a presidência rotativa do G20 (as 20 maiores e emergentes economias mundiais).

Apesar da pandemia de covid-19, e segundo os dados da Amnistia Internacional relativos a 2020, pelo menos 18 países concretizaram as condenações à pena capital.

Destes, destacam-se a China (com mais de mil execuções), o Irão (com mais de 246 execuções), o Egito (mais de 107), o Iraque (mais de 45) e a Arábia Saudita (pelo menos 27).

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