Doadores mantêm preocupação com índices de corrupção em Moçambique
O grupo dos 19 países e organizações que apoiam directamente o Orçamento Geral do Estado moçambicano manifestou na segunda-feira preocupação com a persistência da corrupção no país, instando o Governo a aplicar com celeridade as novas leis anti-corrupção.
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Mundo Descontentamento
O descontentamento do que em Moçambique é chamado por G-19, que integra Portugal, foi transmitido ao Governo em Maputo num encontro entre as duas partes.
Falando em nome dos doadores, o embaixador da Dinamarca, Morgens Perdersen, afirmou que a comunidade internacional mantém as suas já antigas preocupações com o elevado índice de corrupção em Moçambique.
"Enquanto não são criadas as condições para a criação das leis contra a corrupção já aprovadas, pensamos que o quadro jurídico existente permite desenvolver acções concretas em matéria de prevenção e combate à corrupção. A administração pública tem um papel fundamental na prevenção, enquanto na parte punitiva o sistema judicial tem a responsabilidade principal", assinalou Morgens Perdersen.
O embaixador dinamarquês realçou a importância do recente reforço dos poderes do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) como um progresso nos esforços do país contra esta prática.
Apesar de estarem a ganhar maior visibilidade, os processos judiciais relacionados com casos de corrupção em Moçambique, as autoridades têm sido criticadas por punirem judicialmente funcionários de escalões baixos e intermédios, sendo poucos os casos de condenação de dirigentes do topo do aparelho do Estado.
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