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Governo do Sudão nomeia antigo líder rebelde como governador de Darfur

O primeiro-ministro sudanês, Abdalla Hamdok, nomeou hoje o líder de um dos movimentos rebeldes que assinaram, no ano passado, um acordo de paz com o governo como governador da conflituosa região de Darfur.

Governo do Sudão nomeia antigo líder rebelde como governador de Darfur
Notícias ao Minuto

19:27 - 02/05/21 por Lusa

Mundo Sudão

Minni Arco Manaui, chefe de um dos ramos do Movimento de Libertação do Sudão (MLS), foi nomeado para o cargo, como previa o pacto assinado na capital do Sudão do Sul, Juba, em 03 de outubro de 2020, disse a presidência do Conselho de Ministros em comunicado.

No documento também ficou acordado o restabelecimento do sistema de governo federal com base em oito regiões, em vez dos atuais 18 estados.

No entanto, o cargo de Manaui, o primeiro a ser nomeado governador regional, por enquanto está vazio de conteúdo, pois a nova estrutura territorial ainda não foi adotada, uma vez que essas regiões continuam ainda por delimitar.

Também está pendente da aprovação uma lei que determina os poderes e atribuições dos respetivos governadores e de outros níveis de governo.

O acordo de paz de Juba entre o governo de transição sudanês, que mantém as rédeas do país desde a queda do ditador Omar al-Bashir, em abril de 2019, e os principais grupos rebeldes armados do país abriu a porta à resolução dos conflitos que ocorriam há uma década em várias regiões do país.

Entre os signatários do acordo de paz estavam os grupos pertencentes à Frente Revolucionária (incluindo o Manaui MLS), que surgiu em 2011 para enfrentar o regime de Al-Bashir, e outros movimentos armados, mas outros foram deixados de fora, como o Movimento de Libertação do Povo do Sudão/Setor Norte e o Movimento de Libertação do Sudão, presentes precisamente em Darfur.

Embora as negociações decorram com o primeiro desses grupos, a tensão continua alta em Darfur, palco de um conflito étnico brutal entre 2003 e 2008, principalmente devido à violência entre tribos árabes e africanas.

Em cumprimento ao acordo de paz de fevereiro passado, seis membros dos grupos rebeldes também aderiram ao governo.

Leia Também: Confrontos em Darfur obrigam 1.860 refugiados a fugir para o Chade

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