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Filipinas exige que China tire navios perto de ilhas e recifes em disputa

O governo filipino denunciou hoje que mais de 250 navios chineses, que acredita serem operados por milícias, foram avistados perto de seis ilhas e recifes reivindicados por Manila e exigiu que a China os retire imediatamente.

Filipinas exige que China tire navios perto de ilhas e recifes em disputa
Notícias ao Minuto

17:21 - 31/03/21 por Lusa

Mundo Filipinas

A concentração das embarcações de bandeira chinesa, juntamente com quatro navios da Marinha chinesa numa base de uma ilha artificial ocupada pelos chineses, "é perigosa para a navegação e a segurança da vida no mar" e pode danificar os recifes corais e ameaçar os direitos soberanos das Filipinas, segundo um órgão governamental que supervisiona as águas disputadas.

Há mais de uma semana, a China ignorou um protesto diplomático do governo filipino e um apelo do secretário de Defesa filipino, Delfin Lorenzana, para que cerca de 200 embarcações deixassem o recife Whitsun, e reiterou que esse território marítimo pertence aos chineses e que os navios estavam a proteger-se do mar agitado.

Depois de realizar missões de patrulha aéreas e marítimas, as autoridades filipinas disseram que 44 navios da "milícia marítima" chinesa ainda estavam atracados na segunda-feira no recife Whitsun, que Manila designa como Julian Felipe.

Aparentemente, mais de 200 outras embarcações da frota chinesa dispersaram para outras áreas no grupo de ilhas Spratly, incluindo três ilhas artificiais sob ocupação chinesa, segundo essas autoridades.

"As Filipinas exortam a China a retirar imediatamente esses navios que navegam com a sua bandeira. Nem as Filipinas, nem a comunidade internacional alguma vez aceitarão a afirmação da China da sua chamada 'indiscutível soberania integrada' sobre quase todo o mar do Sul da China", reagiu a 'task-force' Nacional para o Mar das Filipinas Ocidental, em comunicado.

O órgão interinstitucional liderado pelo assessor de segurança nacional do Presidente filipino, Rodrigo Duterte, divulgou fotografias de vigilância da frota chinesa nas áreas disputadas, que as autoridades de Manila garantem estar dentro da sua zona económica exclusiva (ZEE) reconhecida internacionalmente, onde tem direitos de pesca e aproveitamento de potenciais depósitos de gás, petróleo e outros recursos debaixo do mar.

"O enxame [chinês]... representa uma ameaça ao exercício pacífico dos direitos soberanos das Filipinas na sua ZEE", prosseguiu a 'task-force'.

Os Estados Unidos expressaram o seu apoio às Filipinas, aliado de longa data, e acusaram a China de usar "milícias marítimas para intimidar, provocar e ameaçar outras nações, o que prejudica a paz e a segurança na região".

Pequim negou que os navios façam parte da uma milícia marítima.

Duterte cultivou laços de amizade com Pequim desde que assumiu a Presidência em 2016 e foi criticado por não exigir imediatamente o cumprimento por parte da China de uma decisão arbitral internacional que invalidou as históricas reivindicações chinesas em praticamente todo o mar do Sul da China.

Por seu lado, os chineses recusaram-se a reconhecer essa decisão de 2016, a qual apelidaram de "uma farsa" e continuam a desafiá-la.

Leia Também: Filipinas vão enviar navios de guerra para zona disputada com China

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