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Filipinas vão enviar navios de guerra para zona disputada com China

A armada filipina ordenou hoje o envio de navios para o mar da China Meridional, em plena escalada de conflito diplomático sobre uma frota chinesa estacionada perto de um recife disputado.

Filipinas vão enviar navios de guerra para zona disputada com China
Notícias ao Minuto

14:55 - 25/03/21 por Lusa

Mundo Filipinas

A China reivindica a quase totalidade deste mar rico em recursos naturais e esta semana foi acusada pelos Estados Unidos de tentar "intimidar, coagir e ameaçar outras nações" com a presença dos seus navios perto do recife de Whitsun.

Manila pediu a Pequim para recolher 183 embarcações que estão estacionadas perto deste recife, localizado no arquipélago Spratley, cerca de 320 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan, considerando a sua presença como uma "incursão".

Cerca de 220 barcos foram detetados pela Guarda Costeira filipina em 07 de março, mas a sua presença não foi divulgada até ao fim de semana passado.

Uma patrulha aérea militar realizada na segunda-feira sobre o recife descobriu que 183 embarcações ainda se encontravam na zona e a China alega que os barcos de pesca estão apenas a proteger-se do mau tempo.

Um porta-voz das Forças Armadas das Filipinas disse que os navios da marinha que serão enviados conduzirão "patrulhas de soberania" na área.

Vários países, incluindo Canadá, Austrália e Japão, expressaram preocupação com o recrudescimento das tensões na região.

O Presidente filipino, Rodrigo Duterte, reuniu-se esta semana com o embaixador da China nas Filipinas e mostrou a sua preocupação com a presença das embarcações, disse o porta-voz da presidência Harry Roque, garantindo que não houve "nenhuma polémica, desde que eles (os chineses) não insistam em ficar permanentemente".

A China afirma ter sido o primeiro país a descobrir e a nomear as ilhas do mar da China Meridional e, portanto, reivindica o controlo sobre a maioria delas.

Um tribunal sediado em Haia (Holanda), o Tribunal Permanente de Arbitragem, já se pronunciou sobre esta disputa, concluindo que Pequim não tem qualquer "direito histórico" sobre esta zona estratégica.

Apesar destes casos, as relações entre a China e as Filipinas melhoraram sob o mandato de Duterte, que está a tentar tirar o seu país do controlo dos Estados Unidos, em detrimento de uma maior cooperação económica com seu vizinho chinês.

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