Polícia retira manifestantes que ocupavam universidade na Grécia
A polícia antimotim grega desocupou hoje a Universidade Aristóteles de Salónica, que estava ocupada há 18 dias por estudantes em protesto contra uma reforma universitária que, entre outras coisas, estabelece a presença policial permanente no campus.
© Getty Images
Mundo Grécia
Segundo a polícia, durante a operação, que começou às 06:00 (08:00 em Lisboa) e durou pouco mais de uma hora, os agentes prenderam 33 pessoas - 26 homens e sete mulheres.
Desse total, 19 são estudantes universitários e o restante são cidadãos que aderiram ao protesto.
Os alunos não ofereceram resistência, exceto um pequeno grupo que resistiu a ser levado a uma esquadra para identificação e foi dominado com gás lacrimogéneo, segundo os media locais.
As associações de estudantes e professores convocaram hoje novas manifestações em Salónica, a segunda maior cidade da Grécia, em protesto contra esta nova lei, aprovada em janeiro, que dificulta a entrada de estudantes e coloca polícias permanentemente nas universidades.
Até agora, a polícia só tinha acesso à universidade se houvesse indícios de crime ou se o reitor solicitasse.
A criação de um órgão permanente dentro dessas instituições é inédita desde o fim da ditadura em 1974.
Para isso, serão contratados mil agentes, que se estabelecerão inicialmente nas cinco maiores universidades do país.
A lei também prevê o estabelecimento de comissões disciplinares, que imporão sanções e podem até expulsar alunos que cometerem infrações durante exames, participarem em protestos no campus ou ocuparem faculdades.
Além disso, introduz uma nota mínima de acesso superior à atual em muitas faculdades, o que preocupa os reitores por aumentar a dificuldade de acesso a estes estabelecimentos.
A operação de hoje acontece em pleno protesto social gerado por diversos episódios de violência policial registados nos últimos dias.
Na terça-feira, fortes confrontos entre manifestantes e forças de segurança resultaram em vários feridos.
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