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Brasil confia que China irá acelerar entrega de ingredientes para vacinas

O Brasil confia que a China agilizará os trâmites para a exportação de ingredientes que permitam a continuidade da fabricação de vacinas contra a covid-19 no país sul-americano, disse hoje o presidente da Câmara dos Deputados.

Brasil confia que China irá acelerar entrega de ingredientes para vacinas
Notícias ao Minuto

19:33 - 20/01/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"Existe a possibilidade de antecipar a exportação dos insumos [ingredientes] e a impressão que tive é de que o Governo chinês sabe da importância desses insumos e vai aceitar o processo interno de trâmites para a sua exportação", disse Rodrigo Maia à cadeia televisiva GloboNews, após um encontro com o embaixador do país asiático.

Maia teve hoje um encontro com o embaixador da China em Brasília, Yang Wanming, para tentar acelerar o fornecimento do material requerido pelo Instituto Butantan, laboratório de São Paulo responsável pela fabricação no país da Coronavac, vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac.

O Brasil, que aprovou no domingo o uso de emergência da Coronavac e do imunizante desenvolvido pelo laboratório anglo-sueco AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, iniciou imediatamente o seu Plano Nacional de Imunização com seis milhões de doses da fórmula chinesa, pelo que confia na chegada da matéria-prima para produzir mais doses no país.

Contudo, o país sul-americano ainda não recebeu um novo lote de matéria-prima para continuar com a produção inicialmente prevista, de 40 milhões de doses no primeiro semestre, de Coronavac.

O Brasil também enfrenta dificuldades para receber ingredientes da vacina de Oxford, produzida localmente pela estatal Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), assim como na importação de dois milhões de doses do imunizante adquiridas na Índia.

No entanto, o presidente da Câmara dos Deputados descartou que o atraso no embarque do material tenha qualquer relação com "obstáculos políticos" entre o Brasil e a China, cujas relações diplomáticas arrefeceram depois da chegada ao poder do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, e da sua aproximação ao agora ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.

"[O embaixador] disse claramente que não havia obstáculo político, mas sim um problema técnico", afirmou Rodrigo Maia.

"As questões políticas não devem ser prioridade na nossa relação Brasil-China. Todos conhecemos as críticas exageradas e equivocadas do Governo brasileiro em relação à China", que é o principal parceiro comercial do Brasil, frisou Maia.

Bolsonaro, um dos líderes mundiais mais céticos em relação à gravidade da pandemia, chegou a questionar a eficácia do imunizante chinês e recentemente referiu-se a ele como "a vacina daquele país".

Também o filho do chefe de Estado e presidente da Comissão de Relações Exteriores do Congresso, deputado Eduardo Bolsonaro, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araujo, culparam a China pela disseminação do novo coronavírus, que já fez quase 8,6 milhões de infeções e mais de 211 mil mortes em território brasileiro.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.058.226 mortos resultantes de mais de 96,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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