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Chefe da diplomacia dos EUA dá apoio à soberania da Geórgia

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deu hoje o seu apoio à "soberania" da Geórgia e às instituições do país, abaladas por uma crise pós-eleitoral, no momento em que a Rússia amplia a sua influência no Cáucaso.

Chefe da diplomacia dos EUA dá apoio à soberania da Geórgia
Notícias ao Minuto

13:23 - 18/11/20 por Lusa

Mundo Diplomacia

O chefe da diplomacia norte-americana encontrou-se em Tbilisi com a Presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, o primeiro-ministro, Giorgi Gakharia, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, David Zalkaliani.

Pompeo disse reconhecer "as dores e as dificuldades ligadas à ocupação do país", referindo-se às regiões separatistas da Abkházia e da Ossétia do Sul, cuja independência Moscovo reconheceu após a guerra de 2008.

Um responsável norte-americano, sob condição de anonimato, tinha referido que o destacamento de militares russos em Nagorno-Karabakh, um pouco além das fronteiras georgianas, tornou os georgianos ainda "mais determinados a demonstrar que são uma democracia voltada para o Ocidente", enquanto as relações russo-georgianas permanecem muito tensas.

Moscovo demonstrou a sua influência na região do Cáucaso ao negociar um cessar-fogo nos confrontos entre a Arménia e o Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.

Os russos, que já tinham uma base militar na Arménia, vão enviar 2.000 soldados da paz por um período mínimo de cinco anos para Karabakh, a região separatista do Azerbaijão habitada por arménios.

O chefe da diplomacia norte-americana também se referiu hoje às tensões políticas internas na Geórgia desde as eleições legislativas de 31 de outubro.

"Saibam que queremos fazer todo o possível para apoiar o seu processo democrático (...) com eleições livres e justas", disse Pompeo.

"A nossa parceria estratégica baseia-se sobretudo nos valores da liberdade, da democracia e, claro, de interesses geoestratégicos comuns", afirmou por seu turno o primeiro-ministro georgiano, Giorgi Gakharia.

A Geórgia está atualmente abalada por um conflito político decorrente das eleições legislativas de 31 de outubro, vencidas por pouco pelo partido no poder, o Sonho Georgiano.

Os partidos de oposição denunciaram a votação como fraudulenta, recusam-se a entrar no Parlamento e exigem uma nova eleição.

"Nós encorajamos a oposição a trazer as suas acusações perante o processo legal que a Geórgia construiu nos últimos vinte anos", disse o responsável norte-americano sob condição de anonimato, observando a falta de confiança no sistema judicial e na comissão eleitoral.

O chefe da diplomacia norte-americana não planeou encontrar-se com os partidos da oposição, mas conversou com representantes da sociedade civil.

"Não queremos que o secretário de Estado seja atraído para disputas políticas internas", disse outra autoridade norte-americana sob condição de anonimato.

"Ele (Pompeo) organizou as suas reuniões para demonstrar apoio não no sentido político, mas simplesmente pelas instituições, pelo Governo, pela Geórgia como parceiro diplomático", acrescentou.

Mike Pompeo deve viajar para Israel hoje à tarde, a próxima paragem na sua viagem pela Europa e Médio Oriente.

Leia Também: Esper e Pompeo juntos para travar influência chinesa no Indo-Pacífico

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