"A Índia será o parceiro mais decisivo dos Estados Unidos [da América (EUA)] na região do Indo-Pacífico (...) durante este século", explicitou Esper durante um discurso no 'think tank' Atlantic Council, citado pela agência France-Presse (AFP).
A visita à Índia faz parte de uma iniciativa de Washington para cimentar alianças já antigas e desenvolver mais esforços para conter o ritmo expansionista das influências de Moscovo e de Pequim.
O propósito dos EUA é enfatizar em Nova Deli a necessidade de uma "colaboração muito mais próxima" entre os dois países e a visita ocorre na altura em que aumentam as tensões entre a China e a Índia pela disputa dos Himalaias. As duas nações já enviaram contingentes para esta região.
Em junho, um conflito entre fações dos dois países provocou a morte a 20 militares do lado indiano e um número desconhecido de vítimas mortais nas fileiras chinesas.
A Índia "é a maior democracia do mundo, um país muito capaz, com gente talentosa que enfrenta a agressão chinesa nos Himalaias todos os dias", acrescentou Esper.
A China tentou aumentar drasticamente, nas últimas décadas, a influência sobre a Birmânia, o Sri Lanka, o Paquistão e o Bangladesh, opção que é vista com grande preocupação por Nova Deli.
A Austrália é outro ator nesta região, que, decorrente das tensões diplomáticas com Pequim, anunciou hoje que vai participar pela primeira vez nos exercícios militares navais com a Índia, o Japão e os Estados Unidos, ao largo da costa indiana, em novembro.
Estas manobras bélicas são uma demonstração de força para a Marinha da China, na qual Pequim fez um enorme investimento nas últimas décadas.