José Mourinho concedeu, esta quarta-feira, uma extensa entrevista EA Sports coreana, na qual, entre outros temas, confessou um arrependimento com uma decisão que tomou há não muito tempo quando ainda se encontrava ao serviço da AS Roma.
O setubalense confirmou que rejeitou o convite feito pelo líder da Federação Portuguesa de Futebol, Fernando Gomes, para suceder a Fernando Santos depois do Mundial'2022. As negociações entre as duas partes não chegaram a bom porto e Mourinho acabou por continuar na AS Roma, de onde já saiu, em janeiro deste ano. Agora, o técnico confessa que deveria ter aceitado essa oferta, sendo que o lugar acabou por ser ocupado por Roberto Martínez.
"O mais normal seria eu ter aceitado o convite. Tive a oportunidade de ir para a seleção de Portugal duas vezes, mas não foi a altura certa para mim. Fiquei emocionado quando não aceitei a última proposta, porque decidi ficar na AS Roma e acho que cometi um erro. Porque agora Portugal tem uma equipa fantástica, uma das melhores, entre as cinco melhores. Eu sabia disso, mas sentia uma grande ligação com a AS Roma, com os adeptos, por isso não quis tomar essa decisão", disse o técnico luso, citado pelo portal italiano Calciomercato.
"A oportunidade de Portugal surgiu duas vezes, mas acredito que vai surgir uma terceira e eu vou aproveitá-la. Espero que a próxima geração seja tão forte como esta", continuou.
Na mesma entrevista, José Mourinho falou sobre a passagem pela AS Roma, enaltecendo o trabalho que fez no emblema italiano.
"As duas finais com a AS Roma foram as mais difíceis de alcançar. Talvez a Liga Europa com o Manchester United também tenha sido muito difícil. Porque eram duas equipas que estavam numa situação muito difícil quando cheguei", ressalvou.
"Alguns treinadores são talvez mais espertos e inteligentes e, por isso, escolhem o trabalho certo com as condições certas para alcançar o sucesso. Preciso de estar sempre a trabalhar, de sentir que estou a fazer alguma coisa e que estou a ajudar. Gosto de desafios, mesmo que por vezes sejam injustos, porque não se pode esperar que eu ganhe troféus quando a minha equipa não é a mais forte", finalizou.
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