Em comunicado, o PAN refere que "tomou conhecimento [da ocorrência], por intermédio de diversas denúncias populares", tendo denunciado a situação à Provedora Regional do Animal e GNR/SEPNA.
O PAN/Açores diz ainda que "exigiu esclarecimentos à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, ao Governo Regional e à PSP sobre o sucedido", visto "serem as entidades que licenciam e fiscalizam as atividades tauromáquicas".
Na nota, o PAN/Açores apela ao indeferimento dos pedidos de licenciamento de atividades "sempre que os normativos de segurança, para pessoas e animais, não estejam a ser cumpridos".
Ainda de acordo com o PAN/Açores, está a assistir-se a "uma escalada da gravidade dos ferimentos em pessoas e animais, resultando em mortes" nas touradas à corda, "uma atividade, inegavelmente, violenta".
O partido pede ainda informação sobre o número de pessoas que já deram entrada nas unidades de saúde e hospitais da região com ferimentos decorrentes da participação neste tipo de iniciativas, bem como se os seguros de responsabilidade civil são acionados para liquidar as despesas.
No caso da situação ocorrida em Porto Judeu, o PAN/Açores questiona se foi levantado um auto de notícia "pelos agentes da PSP presentes no local", garantindo o "devido seguimento legal do sucedido".
Questionado pela Lusa, o vice-presidente da Câmara de Angra do Heroísmo, Guido Teles, disse não ter "muita informação sobre o que ocorreu", mas lembrou que "o hábito é ter um fiscal presente em cada tourada", iniciativas que têm de ser autorizadas pelo município.
"Sempre que ocorre algum acidente que culmine na violação da legislação é levantado um auto que nos é remetido e que dá origem depois, se se verificarem os pressupostos para tal, à respetiva contraordenação. Ainda não nos chegou qualquer relatório sobre a referida tourada", sustentou o autarca.
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