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Eurodeputado francês em greve de fome contra cortes no orçamento da UE

Um eurodeputado socialista francês, Pierre Larrouturou, iniciou hoje "uma greve de fome" em Bruxelas, como forma de "alertar os cidadãos" para os cortes previstos no próximo orçamento plurianual da União Europeia em áreas como o clima e saúde.

Eurodeputado francês em greve de fome contra cortes no orçamento da UE
Notícias ao Minuto

11:50 - 28/10/20 por Lusa

Mundo UE

"Vou permanecer no Parlamento dia e noite sem comer para denunciar este escândalo. As pessoas não têm consciência, mas encaminhamo-nos para uma situação em que praticamente não haverá dinheiro para o clima, para a saúde e nada de significativo para o emprego", afirmou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP.

Numa altura em que prosseguem as negociações entre o Parlamento e o Conselho sobre o orçamento da União para 2021-2027 -- acordado pelos líderes europeus em julho passado, em conjunto com o fundo de recuperação para superar a crise da covid-19 -, o deputado de 56 anos, pertencente à bancada dos Socialistas e Democratas e eleito no ano passado, defende que "a única solução passa por aumentar os recursos próprios da UE".

No seu entender, a União tem de chegar finalmente a um acordo em torno de um imposto sobre as transações financeiras, "o que permitiria reembolsar o plano de relançamento" de 750 mil milhões de euros, montante que a Comissão Europeia irá angariar aos mercados, "e ao mesmo tempo financiar a saúde e o clima", dotando estas áreas com mais verbas do que aquelas previstas no orçamento plurianual acordado pelos 27, no montante de 1,074 biliões de euros.

O Parlamento Europeu tem vindo a reclamar 39 mil milhões de euros adicionais ao montante global acordado pelos chefes de Estado e de Governo em julho, no final de uma cimeira que durou quatro dias e quatro noites.

"Se não taxarmos a especulação, o Pacto Ecológico está morto. As belas palavras sobre a lei do clima e a criação de empregos verdes, tudo isso será letra morta, e seremos conduzidos a um planeta morto. Estamos a dirigir-nos para o caos social, climático e sanitário. Tudo se vai decidir nos próximos 15 dias", adverte o deputado ao Parlamento Europeu.

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