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Líbia: EUA saúdam acordo de cessar-fogo e apelam à saída dos estrangeiros

Os EUA saudaram hoje o acordo de cessar-fogo assinado entre as partes em conflito na Líbia, sob a égide da Organização das Nações Unidas, e apelaram à saída de todos os combatentes estrangeiros.

Líbia: EUA saúdam acordo de cessar-fogo e apelam à saída dos estrangeiros
Notícias ao Minuto

21:09 - 23/10/20 por Lusa

Mundo Líbia

"O acordo é um progresso relevante para a realização do interesse de todos os líbios na desescalada, na estabilidade e na saída dos combatentes estrangeiros", consta de um comunicado da embaixada dos EUA na Líbia.

"Exortamos os atores internos e externos a apoiar de boa-fé o acordo", acrescentou-se no texto.

Desde há muito que os EUA expressam inquietação com a presença de forças militares estrangeiras no país, em particular o apoio dos russos ao marechal Khalifa Haftar, que domina o leste do país e tenta desde 2019 tomar Tripoli pela força.

À semelhança da comunidade internacional, os EUA reconhecem o governo de Tripoli, mas Donald Trump lançou a confusão no ano passado ao elogiar Haftar.

Antes dos EUA, a União Europeia também já se tinha congratulado com a acordo assinado hoje em Genebra, após cinco dias de negociações nesta cidade suíça, cuja cerimónia foi transmitida em direto pela Internet

Uma reação de sinal contrário veio do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que questionou a viabilidade do acordo.

"O acordo de cessar-fogo de hoje não foi concluído ao mais alto nível, mas a um nível inferior", declarou Erdogan a jornalistas em Istambul. "Para mim, parece não ter credibilidade", adiantou.

O entendimento assinado, segundo a enviada das Nações Unidas para a Líbia, Stephanie Williams, contempla um cessar-fogo "nacional, completo e permanente com efeito imediato" e a saída do país "dos mercenários e combatentes estrangeiros (...) num prazo máximo de três meses a contar de hoje".

Sobre esta saída, Erdogan expressou as suas dívidas quanto à retirada dos "combatentes pagos por Wagner", numa referência aos mercenários russos que Moscovo enviou para apoiar Haftar, que conta também com a ajuda do Egito e dos Emirados Árabes Unidos.

Ancara mantém desde janeiro um contingente militar na Líbia para reforçar as fileiras do governo de Tripoli, que conta também com o apoio do Qatar.

A Líbia tem sido palco de violência e de lutas de poder desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011.

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