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Milícias pró-iranianas oferecem trégua em troca da retirada de coligação

As milícias iraquianas apoiadas pelo Irão concordaram temporariamente em terminar os ataques contra a presença dos EUA no Iraque, caso as tropas da coligação lideradas pelos Estados Unidos retirem do país na sequência de uma resolução parlamentar.

Milícias pró-iranianas oferecem trégua em troca da retirada de coligação
Notícias ao Minuto

22:37 - 11/10/20 por Lusa

Mundo Iraque

Responsáveis oficiais das milícias emitiram estas declarações à agência noticiosa Associated Press (AP) apenas algumas horas após uma bomba colocada à beira da estrada ter atingido uma coluna que transportava material militar para a coligação liderada pelos Estados Unidos, danificando um veículo, de acordo com uma declaração do exército iraquiano.

Este ataque numa autoestrada a sul de Bagdad suscitou questões sobre a possibilidade de uma trégua efetiva que abranja todas as milícias.

Os ataques contra alvos norte-americanos, incluindo à embaixada situada na fortificada Zona Verde da capital iraquiana, tornaram-se frequentes e originaram tensões acrescidas entre Washington e Bagdad.

As diversas fações da milícia sugeriram uma trégua e a interrupção dos ataques contra a presença norte-americana no Iraque, incluindo a embaixada, na condição de uma retirada do país "num prazo aceitável" das forças estrangeiras dirigidas pelos EUA, disse Mohammed Mohie, porta-voz do poderoso Kataib Hezbollah, apoiado pelo Irão.

"Se não retirarem, as fações da resistência vão retomar as suas atividades militares com todas as capacidades ao seu alcance", acrescentou.

Duas outras fações de grupos pró-iranianos reconheceram-se nos comentários de Mohie, sem especificar a duração da trégua.

Em janeiro, os deputados iraquianos aprovaram uma votação não vinculativa que exige a retirada do país das tropas da coligação liderada pelos EUA, na sequência de um ataque de um drone norte-americano que assassinou o general iraniano Qassim Soleimani e o comandante da milícia iraquiana Abu Mahdi al-Muhandis, no exterior do aeroporto de Bagdad.

A administração do Presidente Donald Trump avisou a liderança do Iraque que iria encerrar a embaixada dos EUA em Bagdad caso as milícias não fossem contidas, mas esclareceu que não se tratava de um ultimato iminente.

Os EUA têm acusado as milícias pró-iranianas, em particular o Kataib Hezbollah, pelos ataques contra a presença norte-americana no Iraque.

No sábado, o grupo coordenador da Resistência iraquiana -- que inclui diversas milícias pró-iranianas com destaque para o Kataib Hezbollah, Asaib Ahl al-Haq e Harakat al-Nujaba -- emitiu uma declaração onde anunciava a "cessação das suas operações contra os estrangeiros, em particular as forças e interesses americanos no Iraque".

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