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Cerca de 1.500 alunos do ensino secundário manifestam-se na Grécia

Cerca de 1.500 estudantes do ensino secundário manifestaram-se hoje em Atenas para denunciar a falta de medidas contra o aumento do risco de contágio pelo novo coronavírus e a polícia recorreu a gás lacrimogéneo para os dispersar.

Cerca de 1.500 alunos do ensino secundário manifestam-se na Grécia
Notícias ao Minuto

13:33 - 01/10/20 por Lusa

Mundo Covid-19

Os incidentes ocorreram em frente ao parlamento, no centro da cidade, quando um grupo de jovens encapuzados lançou dispositivos incendiários e foguetes contra as forças de choque que cercavam a manifestação, constataram os jornalistas da agência de notícias AFP no local.

"Não às jaulas", "dinheiro para a educação", gritaram os manifestantes.

"A máscara não é a única proteção", referia ainda uma faixa entre os manifestantes.

Desde o início do ano letivo na Grécia, em 14 de setembro, com uma semana de atraso devido a uma pandemia do novo coronavírus, muitas escolas em todo o país, especialmente em Atenas, foram ocupadas por alunos do ensino secundário, interrompendo as aulas.

Alguns alunos do ensino secundário recusam a educação à distância, denunciam a falta de professores e protestam contra o grande número de alunos por turma que, segundo o Ministério da Educação, não deveria ser superior a 17 pessoas.

O uso de máscara é obrigatório para professores e alunos dentro dos estabelecimentos.

"Estamos a protestar por uma melhor educação e por melhores condições sanitárias", disse Yorgos, 16, à AFP.

Os pais também participaram na manifestação para exigir "a segurança operacional das escolas", segundo Dimitris Lambrou, pai de um estudante do ensino secundário.

De acordo com a agência de notícias EFE, os protestos também se repetiram em outras cidades do país, como Tessalónica.

Segundo os meios de comunicação locais, cerca de 770 escolas secundárias ainda estão ocupadas por alunos em toda a Grécia.

O Ministério da Educação grego garante que a relação entre o início do ano letivo e o aumento dos casos do novo coronavírus são "notícias falsas" e que apenas 3% das escolas públicas têm mais de 26 alunos por sala de aula.

Menos afetada do que outros países europeus em termos de número de casos, a Grécia experimentou recentemente um aumento nas mortes, contágios e no número de pacientes em cuidados intensivos.

No total, o país registou até ao momento 18.475 casos, com uma média de 300 casos novos por dia, e 391 óbitos.

As autoridades de saúde alertaram sobre um "aumento" significativo nos casos na região de Atenas, onde medidas adicionais foram adotadas há duas semanas.

Alguns especialistas alertam para a elevada proporção do número de casos por óbitos, que, segundo estes, é superior à média de outros países europeus com população comparável, ou cerca de 11 milhões de habitantes.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 34 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.971 pessoas dos 75.542 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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