O decreto mantém os ministros dos Negócios Estrangeiros, da Defesa, do Interior, da Economia e da Informação.

Doze outras pastas mudam de titulares, incluindo as Finanças, a Energia e a Saúde Pública.

O novo governo, que tem três mulheres, é o quinto a ser formado na Síria desde o início do conflito em 2011, mas terá um mandato curto, até julho de 2021, data das eleições presidenciais.

A sua formação ocorre num contexto de grave crise económica e de uma desvalorização sem precedentes da moeda síria, bem como de propagação da covid-19 e de continuação da violência no norte do país.

No dia 25 de agosto, Bashar al-Assad nomeou Hussein Arnous para chefiar o governo após as eleições legislativas realizadas em julho.

Arnous já exercia interinamente a chefia do executivo desde junho, quando Assad demitiu o primeiro-ministro Imad Khamis, sem que tenha sido avançada qualquer explicação para esse afastamento.

Tal como o seu antecessor, o novo primeiro-ministro é visado há vários anos pelas sanções impostas pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos ao regime sírio.

Um novo conjunto de sanções norte-americanas, que entrou em vigor em junho, sanciona qualquer entidade que colabore com Damasco, bem como empresários e figuras-chave do regime, o que aumenta o receio de um agravamento das dificuldades económicas.

O novo governo terá ainda de enfrentar a crise da pandemia. O governo sírio afirma ter registado 2.628 casos de covid-19, com 106 mortes, nas zonas que controla.

Mas, médicos e habitantes de Damasco afirmam que os números são, na realidade, muito mais elevados.

Hussein Arnous, 67 anos, antigo ministro dos Recursos Hidráulicos, é natural da cidade de Maarat al-Noumane, na província de Idlib, metade da qual é controlada por 'jihadistas' e seus aliados.

Após nove anos de uma guerra que já fez pelo menos 380.000 mortos e levou à deslocação de metade da população, o regime de Damasco controla cerca de 70 por cento do território sírio.

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