Espanha assina acordo de dupla nacionalidade com França
Espanha vai assinar com a França o seu primeiro acordo de dupla nacionalidade com um país europeu, durante a cimeira bilateral que vai ter lugar no segundo semestre do corrente ano, anunciaram hoje os chefes das diplomacias dos dois Estados.
© Reuters
Mundo Nacionalidade
"Trata-se de um sinal muito claro para os mais de 275.000 residentes espanhóis em França e um piscar de olhos para os mais de 125.000 residentes franceses em Espanha", disse a chefe da diplomacia espanhola, Arancha González Laya, depois de se ter encontrado com o seu homólogo francês, Jean-Yves Le Drian, hoje em Paris.
González Laya salientou o "caráter excecional" deste acordo, que beneficiará sobretudo os residentes franceses em Espanha, uma vez que a França já tinha permitido que os espanhóis que se encontram no seu país partilhassem ambas as nacionalidades.
Fontes do Ministério dos Negócios Estrangeiros espanhol indicaram à agência Efe que se está a trabalhar para alcançar acordos semelhantes com outros países europeus, tais como o Reino Unido.
O ministro francês, por seu lado, considerou "um símbolo forte" das boas relações entre os dois países que a França seja o primeiro na Europa com o qual Espanha assinou um acordo deste tipo.
A assinatura do acordo será um dos temas centrais da cimeira hispano-francesa, na qual o ministro francês espera que ambos os países possam "escrever uma nova página numa relação particularmente rica e densa".
Os dois ministros constataram que têm uma visão comum sobre várias questões da atualidade internacional, tais como a necessidade de aprovar o plano de resgate proposto pela Comissão em resposta à crise da covid-19, no Conselho Europeu da próxima semana.
"Queremos enviar uma mensagem de unidade hispano-francesa para alcançar um acordo rápido e sólido sobre o fundo de recuperação no próximo Conselho Europeu de 17 de Julho", disse Jean-Yves Le Drian, que considerou importante "relançar a economia europeia e dar à Europa um impulso geopolítico como ator principal nas relações internacionais".
O ministro francês disse que havia "convergência a nível europeu" tanto no que diz respeito à necessidade de se adotar o pacto de reconstrução como de fazer progressos nas negociações com Londres no que diz respeito às futuras relações com o Reino Unido após o 'Brexit'.
Neste sentido, assegurou que Paris e Madrid "partilham o desejo comum de que o setor da pesca não seja a variável de ajustamento" na negociação com Londres, enquanto González Laya observou que ambos os países concordam com a necessidade de instar Londres a acelerar as negociações.
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