Prazo para negociação sobre dívida na Argentina termina a 4 de agosto
O Governo argentino vai apresentar hoje uma nova proposta aos credores para conseguir um acordo de reestruturação da dívida, prolongando as negociações até 04 de agosto, anunciou no domingo o Ministério da Economia.
© Reuters
Mundo Argentina
Algumas horas antes, o Presidente argentino Alberto Fernandez tinha dito que as negociações para a reestruturação dos 66 mil milhões de dólares da dívida seriam prolongadas até ao final de agosto, mas o Ministério da Economia daquele país esclareceu que o prazo só iria decorrer até 04 de Agosto, às 17:00 horas, hora de Nova Iorque (22:00 horas em Lisboa), segundo a agência de notícias Efe.
Em declarações à rádio Milenium sobre a reestruturação de dívida, equivalente a 58.698 milhões de euros, Alberto Fernandez disse que se trata de "um enorme esforço" da Argentina para chegar a um acordo que permita ao país cumprir com os credores.
"Mas é o esforço máximo que podemos fazer, por isso espero que os credores compreendam e que a sociedade argentina também entenda", afirmou Fernandez.
A Argentina já tinha apresentado uma primeira proposta em abril, mas perante a baixa adesão que teve junto dos detentores de títulos de dívida, insuficiente para chegar a um acordo, foram feitas algumas alterações e prolongado o prazo de negociação até 24 de julho. Agora o prazo foi adiado até 04 de agosto.
Dois dos três grupos credores que estão em negociações com a Argentina para a reestruturação lamentaram no final de junho a "falta de um compromisso sério" da parte de Buenos Aires, "para evitar as consequências de um incumprimento prolongado".
A Argentina já está em incumprimento desde 22 de maio, quando devia fazer um pagamento de juros no valor de 500 milhões de dólares relativos a três emissões de obrigações que fazem parte das conversações.
As negociações envolvem obrigações que datam de 2005 e 2010, produto de uma reestruturação precedente, e abrangem também títulos emitidos a partir de 2016.
O presidente argentino, que não adiantou detalhes sobre a nova proposta, assegurou que "as conversações estão bem encaminhadas" e disse esperar que "terminem bem".
Mas a margem de manobra do governo é reduzida, com a economia em recessão desde 2018, uma taxa de pobreza de 35% e uma inflação que atingiu 53% em 2019, sem ter em conta as consequências da pandemia de covid-19.
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